Marcelo Chamusca precisa ser apoiado e não condenado por antecipação no Guarani

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Alguns torcedores bugrinos ainda tecem reclamações e desconfianças em relação ao técnico Marcelo Chamusca. Consideram sua escolha inadequada especialmente por causa de seu histórico na Série C, em que não há contabilização de acessos.

Pelo contrário. Chamusca foi protagonista de dois momentos dramáticos do futebol. No primeiro, em 2014, no comando do Fortaleza, o treinador lamentou a eliminação para o Macaé. No ano seguinte, ele retornou ao clube cearense e parou nas quartas de final diante da tenacidade do Brasil de Pelotas.

Pouco importa que o Fortaleza, sob seu comando, acumulou 71 pontos ao final das fases classificatórias da terceirona nos anos de 2014 e 2015. Recorde absoluto. Para se ter uma ideia de sua eficiência basta dizer que nos três anos que o Guarani participou na Série C e sob a mesma fórmula de disputa acumulou 77 pontos e precisou de sete treinadores para chegar a tal performance: Tarcisio Pugliese, Evaristo Piza, Vagner Benazzi, Marcelo Veiga, Ademir Fonseca, Paulo Roberto Santos e Pintado.

Sem contar que esses sete profissionais sequer levaram o Guarani a disputar o acesso nas quartas de final. Chamusca não tem motivos para comemorar suas passagens pelo Fortaleza, mas o Guarani não deveria lhe apontar o dedo.

Ao invés de encontrar resistências e problemas, que tal inverter a história? Que abraçar Marcelo Chamusca, entender seu método de trabalho e oferecer condições de treinamento decentes? Por que ao invés de eleger um culpado por antecipação, a torcida e a própria diretoria do Guarani não realizam um exame de consciência?

A reflexão, a humildade, a abertura a novas ideias e pessoas é o caminho para o Guarani ressurgir no cenário nacional. Fora disso, é flertar com o fracasso. Seja qual for o treinador.

(análise feita por Elias Aredes Junior- Foto de Rodrigo Villalba-Memory Press)