No gramado, qual será o plano B do Guarani para 2017?

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No segundo semestre de 2016, a fórmula deu certo: os jogos aconteciam semanalmente, a defesa era bem montada e com  jogadores eficientes. Bastaram alguns lampejos individuais para obter a vaga na Série B do Brasileiro. Geralmente com a ajuda de Fumagalli, aos 39 anos e com disposição para balançar as redes.

A partir de 2017 tudo vai mudar. Por que? O Guarani vai viver um novo mundo de fevereiro a novembro. Jogos encavalados, com pouco espaço de recuperação física e mental – sim, viagem desgasta o atleta – e a pressão será gigantesca.

Primeiro, para chegar a divisão de elite do Paulistão. Depois, para permanecer na segundona nacional e afastar qualquer hipótese do Guarani virar no próximo ano o que foi o Tupi: frágil, sem força e reação e rebaixado com antecedência.

Esta é a realidade. Se verificarmos o calendário, chegaremos a conclusão de que Fumagalli dificilmente suportará a maratona. Não porque não queira e sim porque a idade surge para todos. Fica a pergunta: qual o plano B da diretoria bugrina e do seu departamento de futebol?

Antes da briga de Horley Senna com Roberto Graziano, o plano era renovar com alguns mas trazer jogadores de peso e com perfil para disputar 2017 com dignidade.

Com o rompimento e fim dos recursos excedentes, tudo mudou: o Guarani priorizou as renovações de contrato com aqueles que já estavam. Nesse ponto a preocupação detona uma ebulição na mente difícil de administrar. A retrospectiva de muitos que permaneceram é negativa.

Marcinho? Decepcionou em boa parte dos jogos. Eliandro? Decidiu no jogo contra o ASA e foi bem diante do ABC, ambos os jogos em Campinas. Depois? Ninguém sabe, ninguém viu. Renato Henrique? Disperso, sem explosão e motivação nas partidas. Dá para acreditar em reviravolta na Série A-2 e B? Difícil.

Anderson? Gabriel Poveda? Lorran? Uederson? Interrogações do tamanho do estádio Brinco de Ouro. Qual a saída? A expectativa mostra que o Alviverde deverá contratar um volante, um atacante, um meia armador, um zagueiro e ainda Dênis Neves para ocupar o meio-campo.

Neste leque de opções que Guarani precisa  encontrar um ou dois jogadores capazes de desequilibrar e dividir o protagonismo com Fumagalli. Ou seja, capaz de levar o Guarani às vitórias e de exercer uma liderança técnica e pessoal no gramado. Caso contrário, o horizonte para 2017 será temperado de  nervosismo e preocupação nas arquibancadas do Brinco de Ouro. É hora de agir. Para não chorar depois.

(análise feita por Elias Aredes Junior)