Quarentena ou isolamento social não é sinônimo de paralisia. Ou de esquecimento. A nova diretoria do Guarani que tomará posse, mesmo que seja de modo discreto na próxima quinta-feira terá a missão de executar tarefas para que o pique não seja perdido. Do gramado, não há o que reclamar. Mesmo que nada aconteça, o técnico Thiago Carpini, jogadores e comissão técnica cumpriram com suas missões de maneira plena.
O Guarani não é feito apenas de futebol. Longe disso. Algumas tarefas precisam ser executadas. As conversas com o empresário Roberto Graziano não podem ficar em banho maria. O tempo passa e ainda não há um cronograma claro de quando e de maneira será viabilizado a construção do Centro de Treinamento, Sede Social e do estádio previsto na Sentença da juíza Ana Cláudia Torres Viana.
Muitos afirmam que se for dar o começo da construção desses equipamentos tal estrutura pode ser alvo de futuras penhoras. Ok. E o plano B? Quais equipamentos alternativos podem ser utilizados enquanto nada é feito? Hoje em dia contar com CT moderno e equipamento não é mais luxo. É obrigação. E mesmo assim não há garantia de nada. Exemplo: o Centro de Treinamento do Criciuma é infinitamente melhor que o do Guarani. E mesmo assim foi rebaixado. Quem assegura que o Guarani está imune de novas ameaças?
Vamos falar a real: o que aconteceu nos últimos meses no Guarani foi um milagre. E mérito de Thiago Carpini, dos jogadores, comissão técnica e dos dirigentes Sérgio do Prado e Michel Alves. Só.
A quarentena tem que servir para um planejamento efetivo para o decolar. Virar uma instituição calcada na estabilidade e que não dependa eternamente da tutela da Justiça Trabalhista. Tirar promessas do papel seria um belo começo.
(Elias Aredes Junior)