Não há um torcedor do Guarani que não estivesse exausto emocionalmente após a vitória sobre o Novorizontino por 2 a 1 na manhã deste domingo, dia 12 de junho. Ao optar (corretamente!) por um esquema por três zagueiros, compactação no meio-campo e saída nos contra-ataques, o técnico Marcelo Chamusca sabia da opção que escolhia e suas consequências.
Se por um lado existia a esperança de melhor rendimento do sistema defensivo, por outro seria inevitável administrar a vantagem (qualquer que fosse!) para segurar a vitória.
Por um motivo muito simples: o Guarani já comprovou por A mais B que não tem capacidade e nem competência para ir a frente e encurralar o oponente. Quem faz isso está submetido aos contra-ataques. E quando o Guarani fazia isso, oferecia uma avenida ao oponente, seja pelos espaços abertos no meio-campo, seja pela incapacidade do time em contar com zagueiros minimamente dotados de velocidade.
Quem acompanhou o jogo viu que, por diversas vezes, o setor ofensivo do Novorizontino foi bloqueado por causa do bom posicionamento tanto dos volantes como dos zagueiros bugrinos. Fruto direto da estratégia dos três beques.
Evidente que isso gerava instantes de tensão ao torcedor. Especialmente pela ineficiência de Yago em prender a bola lá na frente. Era um pingue pongue angustiante, que deixa torcedores com os nervos à flor da pele.
Deu certo? Apesar da pixotada de Leandro Castán no gol do Novorizontino, essa metodologia traz mais perspectiva do que os sistemas adotados anteriormente pelo Guarani. E de quebra livra a cara do presidente Ricardo Moisés e do Superintendente de Futebol, Michel Alves, pelos erros na montagem do elenco.
Mas se trilhar por esse caminho pode ter certeza: torcer para o Guarani será uma prova de fogo para quem deseja preservar o controle emocional. Será uma tarefa para os fortes!
(Elias Aredes Junior-foto de Guilherme Veiga-Especial para o Guarani F.C)