O Calendário explica o fracasso pontepretano e o êxito bugrino?

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O estudo elaborado pela Pluri Consultoria a respeito do calendário do futebol brasileiro dá algumas pistas porque a Ponte Preta amargou a disputa contra o rebaixamento no Paulistão e quais os motivos que levaram o Guarani a somar 16 pontos, quebrar o tabu no dérbi campineiro e perder apenas para Palmeiras e Santos na fase classificatória.

Em uma das páginas, o documento assinado por Fernando Ferreira é claro quanto a sobrecarga de jogos nos meses iniciais. “(…)Os primeiros meses do ano, período em que osclubes disputam os estaduais, são aqueles em que as equipes mais atuam. O mês que registrou maior número de equipes foi março, com 51% dos clubes (327) disputando alguma competição, seguido por fevereiro, com 48% (308 clubes). Em janeiro, período em que os clubes deveriam realizar a pré-temporada, 259 equipes (40% dototal) já estavam atuando”, escreve o relatório.

Ou seja, ao invés de treinamentos, condicionamento tático e acertos das equipes, os meses iniciais focaram em jogos e mais jogos. O que isso tem relação com Ponte Preta e Guarani? Total.

O Guarani não teve tantos traumas porque manteve a comissão técnica do ano passado, que sustentou idêntica filosofia de jogo e jogadores ficaram de um ano para outro, casos do goleiro Jeferson Paulino e do volante Deivid, além de Lucas Crispim, Bruno Silva e Thallyson.

A Macaca começou quase do zero. Verdade o técnico Gilson Kleina já estava desde o ano passado. Mas contratou outros jogadores, iniciou uma esquematização do zero. E teve pouco tempo para treinar. Fato.

O relatório demonstra por A mais B que neste calendário confuso e caótico do futebol brasileiro um mínimo de manutenção faz diferença. Para melhor. Que as duas equipes campineiras aprendam.

(Elias Aredes Junior)