O drama do Guarani: uma equipe lotada de coadjuvantes medianos e que não sabem como brilhar

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O Guarani entrará em campo nesta segunda-feira contra o Sport e consciente de que precisa desesperadamente da vitória para respirar e juntar forças para encarar Bragantino e Ponte Preta de igual para igual na Série B.

Venceu o São Bento, quebrou o jejum de vitórias, mas deixou uma ponta de angustia no torcedor bugrino e que pode ser resumido em uma pergunta: quem poderá assumir o protagonismo nesta saga de recuperação?

Roberto Fonseca pode fazer um trabalho impecável. Ser detentor de uma cultura tática avassaladoura. Precisa de jogadores que assumam as rédeas do processo. Em 2011, o Guarani teve o técnico Giba como seu comandante para fugir da degola. No entanto, sem os gols de Fabinho, Fernandão (depois vendido ao exterior) e do atacante Denilson, os planos de Giba ficariam apenas na intenção.

Em 2017, no seu primeiro ano de Série B após o vice-campeonato na terceirona de 2016, o salvamento só aconteceu devido ao gol de Bruno Mendes no confronto diante do CRB. Ou seja, existia um protagonista. Nem que fosse na partida decisiva.

Os concorrentes do Guarani já tem material humano para depositar suas esperanças. No Vitória (BA), atletas como Felipe Gedoz e Anselmo Ramon já fazem diferença, assim como o lateral-direito Chiquinho. Mesmo o América Mineiro conta com Felipe Azevedo e Jonatas Belusso. Ou seja, gente capaz de balançar as redes e fazer o seu time respirar. Terão instrumentos para lutar contra o rebaixamento até o final.

E o Guarani? Confesso: não tenho confiança no potencial técnico de Artur Rezende, Michel Douglas e nem de Diego Cardoso e de outros contratados com pompa e circunstância. São atletas que transmitem a impressão de sucumbir ao primeiro instante de pressão. Até Davó, em que pese seu esforço, ainda não parece pronto para abraçar a bronca de conduzir uma equipe no sufoco. Nem deveria. É um garoto.

Talvez esse o problema principal do Guarani: a diretoria de futebol contratou uma tonelada de coadjuvantes medianos e que jamais ocuparam o posto de estrela principal. Fica difícil brilhar. Tomara que os próximos reforços incorporados desmintam tal tendência.

(Elias Aredes Junior)