O torcedor da Ponte Preta queria mais. Deseja chegar ao olimpo. Nesta busca alguns feitos acabam esquecidos, como a vitória sobre o Palmeiras por 2 a 1, no dia 21 de maio, logo na segunda rodada do Campeonato Brasileiro. Talvez em outros jogos a Ponte Preta exibiu um futebol mais linear e competitivo nos 90 minutos. É verdade.
Mas contra o Palmeiras, a Alvinegra demonstrou todas as qualidades do trabalho tático e técnico de Eduardo Baptista e as individualidades não negaram fogo. Os dois gols de Felipe Azevedo aos 23 e 32 minutos do primeiro foi apenas um reflexo do cardápio suculento.
Um time que marcou de modo impecável o time palmeirense, inverteu as posições de Felipe Azevedo e Ravanelli, liberou Reinaldo ao ataque e aproveitou-se do posicionamento confuso de Tchê Tchê e Jean na lateral direita, algo que ainda não tinha sido acertado por Cuca..
Na ocasião, no segundo tempo, as duas linhas de quatro jogadores, o bom posicionamento do outrora armador Cristian para cadenciar o jogo e a volúpia de Thiago Galhardo para desafogar e criar pelo lado esquerdo demonstraram um time disposto a surpreender. Sem contar que naquela ocasião o time contou com o lateral-direito Jeferson, o volante Matheus Jesus e o armador Ravanelli, tidas como esperanças da temporada de 2017.
Aquela atuação impecável deu perspectiva de fazer história. A campanha realmente foi ótima, mas o sonho da vaga na Libertadores ficou no caminho. Que o desempenho contra o atual campeão brasileiro esteja presente por mais vezes no próximo ano. A torcida agradece.
(análise feita por Elias Aredes Junior)