Quando ficou no sufoco da fase eliminatória das olimpíadas de Londres, em 2012, o técnico José Roberto Guimarães tomou uma decisão. Sabia que era inerente a critica em relação a imprensa. Conhecia a desconfiança da torcida. Não cobrou as meninas. Só elogios. Ignorava os erros. Batia palma a cada acerto. Deu certo pois a medalha de ouro aconteceu.
Não acompanho o dia a dia do Guarani, mas tenho convicção de que o técnico interino Thiago Carpini utiliza método semelhante.
Percebam que os erros não foram eliminados. E alguns jogadores permanecem na ribalta como Vitor Feijão e Rondinelly.
Só que a cada entrevista coletiva, Carpini esquece os erros (ou minimiza) e foca naquilo que lhe interessa: enaltecer os jogadores. “Sempre procuro tomar este cuidado. Peço a Deus para me dar direção e sabedoria nas escolhas, pois sei que não é fácil. O que faz a diretoria não ir em busca de mais reforços é a resposta dada pelo grupo”, disse na entrevista coletiva.
Se o salário encontra-se em dia e o treinador é um defensor do grupo, convenhamos: fica difícil encontrar uma desculpa para deixar a dedicação de lado.
(Elias Aredes Junior)