O personagem do dia: João Brigatti, o apóstolo Pedro de uma religião chamada Ponte Preta

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O grande vencedor da partida de hoje não é Bruno Rodrigues. Nem João Paulo e seu golaço. Ou o goleiro Ivan. O protagonista da classificação da Ponte Preta chama-se João Brigatti. Se ele teve uma atitude intempestiva contra o Mirassol, podemos dizer que o ex-goleiro foi sábio para tomar as decisões corretas que desembocaram na chegada às semifinais do Paulistão.

Primeiro aglutinou-se em torno de uma comissão técnica dotada de sabedoria. Bazílio Amaral e Juvenilson Souza aplicam a ciência do esporte com profissionalismo e com dose de paixão pelo ofício. É para poucos. Formam um trio de respeito.

Mas as decisões mais delicadas ficam a carga do treinador. E Brigatti teve estatura e peito para barrar Roger. Provou a todos (inclusive a este colunista) que o time titular não deveria ser mexido. Não depende do camisa 9. Colheu o fruto merecido. Teve fé na sua capacidade e merece a reverência.

Aliás, dizem que a Ponte Preta é uma religião. Não tem torcedores e sim devotos. Podemos dizer que Brigatti é o apóstolo Pedro do Majestoso. Dotado de poderes místicos? Nada disso. Assim como personagem bíblico, Brigatti é intenso, apaixonado, vibrante, contraditório e portador de atitudes que não entendemos. Mas assim como na relação de Pedro com Jesus Cristo, não há como negar ou duvidar do amor de Brigatti pela Ponte Preta.

Com uma diferença: ele jamais negou a Ponte Preta. Nenhuma vez. E jamais fará isso. Pelo contrário. Vai reafirmar sua devoção pelo clube, dia após dia, jogo após jogo. Esteja onde estiver. Contar com um personagem desta envergadura no futebol atual é uma dádiva. Vamos aproveitar a benção. Parabéns Brigatti. Parabéns Ponte Preta.

(Elias Aredes Junior)