Ás vésperas de estrear na Série B do Campeonato Brasileiro, o Guarani ainda tem a instabilidade política como seu grande adversário para fomentar investimentos. Esta é a visão do presidente Palmeron Mendes, que em entrevista a Rádio Bandeirantes lamentou como o processo está sendo conduzido pelos grupos oposicionistas. “Quem dita o ritmo da forma como será trabalhado o processo é o ambiente político do Guarani. O Guarani precisa levar para os investidores uma tranquilidade política suficiente para que eles possam trazer investimentos. Se nós fizermos uma análise fria, toda vez que esse assunto ganha corpo e vem para a mídia, próximos de tomar o próximo passo, tem um grupo político que começa com inverdades, barulho, algazarra, ameaças. E logicamente isso afasta o investidor”, explicou o dirigente bugrino.
Palmeron Mendes fez questão de descrever que uma consequência já colhida, que é o receio do empresário Roberto Graziano entrar de cabeça no departamento de futebol profissional do Alviverde. “Para uma cogestão de 15 anos, para que ela dê certo, todos os núcleos do Guarani precisam remar para o mesmo lado. Não dá para se iniciar um projeto dessa amplitude tendo um grupo remando contra. O grupo político do Guarani é sempre efervescente. Nas últimas conversas com o Roberto, ele já analisa a possibilidade de aguardar por mais um período essa questão da cogestão porque ele entende que não há uma harmonia política para se implantar um projeto de cogestão”, explicou o dirigente.
Conversas com a oposição e um apelo público foram os expedientes adotados pelo dirigentes para distensionar o ambiente conturbado. “O Roberto (Graziano) não está se afastando, estamos tentando criar uma estratégia para que atenda os objetivos políticos e que esse grupo, que no Guarani faz oposição pela simples oposição, para que eles tenham tranquilidade que não haverá uma cogestão de 15 anos, mas que eles nos deixem investir e trabalhar com o futebol de uma forma diferente”, arrematou.
Palmeron disse que já fez sua parte ao conversar com a oposição por diversas vezes. “Faço aqui, em nome da coletividade bugrina, um apelo público: para que esse grupo sente conosco e que juntos a gente consiga achar um denominador em favor do Guarani Futebol Clube. E da estabilidade política do Guarani Futebol Clube”, completou Palmeron.
(Elias Aredes Junior)