Para alguns torcedores, é proibido criticar o desempenho da Ponte Preta no dérbi campineiro

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O pontepretano ainda encontra-se em estado de graça pela vitória sobre o principal rival. O delírio é tamanho que poucos aceitam que os cronistas critiquem falhas e problemas verificados nos 90 minutos do Majestoso. É como se de repente a Alvinegra virasse um time do nível do Barcelona, Real Madrid ou de algum componente da Liga dos Campeões. Não é.

A Macaca ganhou por alguns motivos. Em primeiro lugar porque o time do Guarani é muito limitado. Limitadissimo. E a Macaca soube aproveitar-se desta situação, não somente de gol, mas pelas chances criadas ao longo dos 90 minutos. Agora, quem afirmar que tecnicamente o dérbi foi um primor ou vive iludido ou reside em outro planeta.

Também não podemos ignorar o bom desempenho dos zagueiros pontepretanos para anular tanto o atacante Davó e os armadores e volantes bugrinos como para sair com a bola dominada.

Agora, a equipe ainda padece de criação no meio-campo, as laterais apresentam debilidades – especialmente Guilherme Guedes-  e até Roger por vários momentos tem que se lamentar por atuar sozinho. Pense. Reflita. Com esse futebol, dá para acreditar em acesso? É possível vencer o atual time do Coritiba e o Bragantino, os ponteiros da competição?A resposta é não.

Evitam acordar para realidade por causa da cultura brasileira resultadista. Não avaliamos desempenho. Achamos que qualquer resultado é suficiente para inocentar qualquer jogador que mata a bola de canela.

A Ponte Preta tem a meta de buscar o acesso. E precisa jogar mais. Para não chorar depois.

(Elias Aredes Junior)