Péssimo segundo turno e falta de futebol. Gilson Kleina não está ameaçado. Ele é um cara de sorte. Entenda os motivos

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Veja como é a vida. Em algumas vezes, o desenrolar dos acontecimentos encarrega-se de salvar personalidades ou instituições. Pegue como exemplo a Ponte Preta. Se levarmos em conta apenas a classificação do segundo turno, o time acumulou 17 pontos e está na 15ª colocação. Três pontos acima do Vila Nova, que nesta passagem da competição é o 17º colocado.

Ou seja, campanha de quem  luta contra o rebaixamento. Conquistar apenas três vitórias em 16 rodadas é muito pouco, quase nada, para quem almeja o acesso. Fracasso retumbante.

Agora, pare e pense por um instante. O que aconteceria se este desempenho fosse referente ao turno inicial? Será que teríamos tranquilidade e a nova diretoria executiva conseguiria dormir em paz? A pressão estaria no nível de hoje?

Poderíamos pensar que o desempenho de Gilson Kleina no returno é fruto de uma queda de produção, uma oscilação em relação ao começo do turno inicial.

Nada disso. São dois cenários distintos. O turno inicial foi o elenco montado por Jorginho desde a reta final do Campeonato Paulista e que tinha o elenco em suas mãos. Tanto que conseguiu extrair potencial dos atletas apesar dos salários atrasados.

A Ponte Preta viveu dois instantes distintos no turno decisivo. Uma parte sob a administração de uma diretoria e depois pelos atuais dirigentes. E neste bolo político um treinador que não fez o time jogar e teve péssimas atuações.

Um cenário é ter um péssimo desempenho sem a perspectiva de encarar qualquer risco de rebaixamento, o que ocorreu neste segundo turno. Diferente seria terminar o primeiro turno com tal desempenho. O fantasma do rebaixamento bateria a porta. E talvez a troca de comissão técnica seria inevitável.

Definitivamente, Gilson Kleina é um cara de sorte.

(Elias Aredes Junior)