Pintado gera a dúvida: quando o Guarani passará a andar com as próprias pernas?

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Na euforia da comemoração do triunfo sobre a Portuguesa, o técnico Pintado deu com a língua nos dentes e confessou que coloca dinheiro do próprio bolso para viabilizar o Guarani. A declaração pode soar como um ato de de altruísmo, especialmente por parte dos dirigentes. O que era desprendimento ontem virou hoje um atestado de ineficiência administrativa.

Explico: nos anos anteriores, o Guarani não tinha recursos disponíveis. As ações trabalhistas cresciam em volume assombroso e não existia possibilidade de entrada de recursos, especialmente porque as cotas de televisão estavam bloqueadas.

Hoje, o quadro mudou. O time diminuiu o número de ações trabalhistas em virtude de acordo firmado com a Magnum para repasse posterior do estádio Brinco de Ouro para Roberto Graziano. De quebra, a Justiça proporcionou um acordo em que a Magnum compromete-se a repassar R$ 350 mil mensais.

Se existe a entrada de recursos, qual a decisão a ser tomada por qualquer executivo? Pegar o dinheiro, estabelecer prioridades e fazer as readequações necessárias para o orçamento caber. O dinheiro deve servir para contratar jogadores, cumprir as obrigações do dia a dia e ainda formular uma equipe competitiva. É dificil? Sim, é dificil. Mas tem gente que consegue. Ou como explicar o acesso do Água Santa no ano passado com uma folha mensal de R$ 190 mil? Por que o Guarani não pode seguir idêntica trajetória.

Se o gramado contou com um respiro após os triufos diante de Votuporanguense e Portuguesa, a declaração de Pintado mostra que faltam alguns degraus para o Guarani alcançar um grau de excelência na condução de suas contas. (artigo escrito por Elias Aredes Junior)