Pipico, o legado de fracasso de sete atacantes e seu papel no atual Guarani

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soccer ball in goal with green background

Encontrar um centroavante confiável tem sido um ato de fé do Guarani nas suas quatro participações na Série C do Campeonato Brasileiro. O elogiado da vez é o atacante Pipico, improvisado na posição e autor do segundo gol contra o Juventude. Foi o suficiente para que as esperanças fossem depositadas em seus pés. Nutrir expectativa em cima do atacante é algo temerário, especialmente se levarmos em conta que sua responsabilidade em buscar a redenção da camisa 9 é praticamente zero.

Pegue o retrospecto da participação bugrina desde 2013 na terceirona nacional. O Guarani teve atacantes do porte de Raphael Macena, Henan, Laionel, Silas, Anderson Cavalo, Jhon Obregon e Anderson Cavalo. Juntos, esses jogadores, acionados em um instante ou outro para assegurarem vitórias balançaram as redes por 15 vezes, o equivale a 25,42% do total dos gols marcados pelo Guarani até agora.

O performance ganha contornos mais dramáticos ao se verificar que Fumagalli atuou por 51 partidas na Série C desde 2013 e fez 17 gols. Um faro de gol apurado do veterano jogador e um atestado de incompetência dos companheiros.

O momento não é de cobrança sobre Pipico e sim de incentivo para que ele sinta-se a vontade e use a superação como instrumento de busca de mais gols pelo Guarani. O atleta tem razão quando enumera o esquema tático como fator fundamental para seu sucesso momentâneo. “Nosso time está muito bem treinado, muito bem posicionado no esquema tático que o professor Chamusca passa e está dando resultado, conseguimos fazer um gol num contra-ataque e outro de bola parada, não só nesse jogo como nos jogos anteriores também”, disse o jogador em entrevista coletiva realizada na manhã desta terça-feira.

O Guarani certamente passará por obstáculos. Vai encarar imprevistos e ciladas. Nestas horas deverá contar com tudo e com todos. Pipico deve ser incentivado e cobrado para mostrar resultados no presente. Está improvisado e o entendimento de seu papel não pode ser colocado em segundo plano. Ele não pode colocar nas costas o legado negativo de sete atletas que fracassaram na missão de balançar as redes. Fora disso, é injustiça em estado puro.

(análise feita por Elias Aredes Junior)