Ponte Preta e Luta contra a Discriminação Racial: se você não se importa com o assunto, você não merece torcer para um clube do tamanho da Ponte Preta. Leia e entenda

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O dia 21 de março é marcado pelo Dia Internacional contra a Discriminação Racial. Um lembrete vital e essencial na luta contra o racismo. Uma luta que não para. Clubes de futebol são elementos agregadores neste processo. Todo e qualquer post em rede social ajuda a conscientizar. A Ponte Preta não se omitiu. Utilizou as Redes Sociais para abordar o assunto.

O que recebeu em troca? Ódio, insulto e reclamações.

De modo resumido, as pessoas diziam que não era de falar em racismo diante da situação da Macaca após o rebaixamento. Como se a gente não tocasse a vida e tratasse de assuntos importantes mesmo em horas delicadas.

E um outro grupo simplesmente considerou que não se deveria falar em racismo. Alias, para alguns que comentaram o racismo simplesmente não existe. E torcem para a Ponte Preta. Inacreditável.

Bem, para esses só digo o seguinte: com todo o respeito, vocês não sabem para que time torcem. Porque não há como ignorar o papel de Miguel de Carmo, o primeiro jogador negro, a presença de negros na arquibancada do Majestoso e o protagonismo assumido pelo clube quando Sebastião Arcanjo, o Tiãozinho, esteve na presidência.

Tiãozinho foi um mandatário ruim? Foi. Muito. Mas quando entre 40 equipes das Séries A e B, o seu clube é o único que conta com um dirigente negro, você percebe o tamanho do racismo estrutural em que nos metemos.

Você não liga com isso? Não liga para a questão do racismo? Digo com todas as letras: a Ponte Preta não é para você. Verdade nua e crua.

(Elias Aredes Junior-Foto Divulgação)