Escrevo este artigo às 16h40. Não tenho noção das medidas a serem tomadas pela diretoria da Ponte Preta com o elenco após a derrota para o Vitória (BA). Tudo fechado. Nada de atendimento a imprensa. Querem privacidade. Direito deles.
Sente, respire fundo e reflita. A margem de manobra é pequena. Quase inexistente. Senão vejamos: os jogadores presentes no atual decepcionam? Verdade. Mas ninguém desconhecia que Renato Cajá não tinha fôlego suficiente para tal maratona de jogo. Não é por culpa dele. É a vida, inexorável com o fator tempo. De outros não dá para esperar muita coisa. O que existe são distorções. O que justificar pagar um alto salário para Edson?
Se ocorrer a dispensa de jogadores, de certa forma vai enfraquecer ainda mais aquilo que já deixa a desejar.
Você confiaria em crescimento de produção com os atletas oriundos do Sub-20 e do Sub-23. Como podemos acreditar que esses mesmos protagonistas de fracassos retumbantes podem transmitir dignidade ao time profissional?
Demitir o treinador? Como mandar embora alguém desejado especialmente para dirimir dividas trabalhistas? E contratar quem a essa altura do campeonato?
Não tenho noção do que será falado ou conversado. Só que no fundo, no fundo, tudo isso revela algo básico: a diretoria da Ponte Preta é vítima de seus próprios erros. E está sem rumo. O que é o mais grave.
(Elias Aredes Junior)