Ponte Preta: mesa do Conselho Deliberativo gosta mais da Arena do que ver a Ponte Preta na Série A. Errado? Mudem a pauta!

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Ao ler a ata de convocação para a Reunião do Conselho Deliberativo marcada para o dia 28 de setembro, às 10h, no estádio Moisés Lucarelli, chego a conclusão de que aqueles que afirmarem  de que a mesa do CD não gosta de futebol e não priorizam o bem estar da agremiação, podem até realizar um julgamento equivocado mas ganharam elementos consistentes.

O presidente do Conselho, Tagino Alves dos Santos, marcar a reunião para o dia do confronto entre Ponte Preta e Cuiabá é um erro. Crasso. Absurdo. Ora, afinal, a comunidade pontepretana quer ou não quer subir? E para alcançar a divisão de elite é preciso focar todas as forças no gramado. Sem conversas paralelas. Pelo menos no dia do jogo.

E a pauta? Pedido de suplementação orçamentária e tratativas do assunto da Arena Ponte Preta e de sua comissão instalada.

Vamos falar na lata: o que é mais importante neste momento? A discussão de um projeto recusado pela diretoria executiva e por uma parte da torcida ou a análise do trabalho ruim do departamento de futebol profissional? O desempenho irregular de Gilson Kleina ou a construção de um empreendimento que no final das contas será a porta de entrada para o aburguesamento das arquibancadas da Ponte Preta? Vou além: em qualquer situação, a análise do futebol deveria ser sempre (sempre!) ponto de pauta na reunião do Conselho Deliberativo.

Cada faz o que quer. Define aquilo que é prioridade. Agora, um aviso deveria ser dado para Sérgio Carnielli e seus aliados ávidos em ver a construção da Arena e o Moisés Lucarelli detonado e implodido. Não adianta sonhar com arena e com o time na Série B do Brasileiro. Não adianta vender sonhos se a realidade é pedregosa. Ou os patrocinadores do projeto querer ver o quanto pior melhor? Tenho certeza que  não. Mas a comunicação é péssima, horrorosa. Mais confunde do que esclarece.

Então deveriam mudar o discurso, a postura e a atitude. Exemplo? Este colunista foi informado pelo ex-presidente Marcos Garcia Costa de que tentou um acordo para viabilizar uma discussão mais democrática e aberta sobre a Arena. Ou seja, que conselheiros pudessem dar sugestões. Não foi atendido por Sérgio Carnielli. Levou a porta na cara. Lamentável.

Os resultados mostram que a gestão do futebol na gestão Abdalla é ruim e atrapalhada. Os resultados não aparecem. E o Conselho Deliberativo e sua mesa, ao invés de cobrarem medidas práticas e terem uma voz mais ativa preferem cuidar de slides de power point do que atuar de maneira correta. Não tem como dar certo. Bastava ter um pouquinho de humildade para chegar a conclusão.

(Elias Aredes Junior)

4 Comentários

  1. Egos, egos mais egos é disso que essa turma do Carnielli tem, estão se lixando para a querida macaca, querem a todo custo saudar a dívida com o todo “poderoso” SC , bem que seja as custas do fracasso do time.
    Fico imaginando se não houvesse ego dos Presidentes, conselheiros e ex , talvez pudéssemos estar celebrando uma parceria com o RB e agora estaríamos podendo sonhar com saltos bem maiores, mas a mediocridade, a ânsia pelo poder, deixaram o cavalo arriado passar e ir para Bragança, onde alguém que também , sempre exerceu o poder, inclusive na própria nega véia, teve um segundo de sobriedade, claro, regado de muita grana, aceitando essa parceria que será com certeza a redenção do bragantino, enquanto isso viveremos de sonhos improváveis, parabéns aos homens que dizem amar a macaca!

  2. O contrário também vale? Diretoria quer manter o time na série B e também por ego alto não quer a arena? Do jeito que vai vamos ficar sem o acesso e sem a arena.

  3. A única maneira de ver a Ponte grande e sua marca mais valorizada e exposta na mídia nacional é a construção dessa arena e pra isso o time não precisa derrotar nenhum outro, a não ser as vaidades, os egos e as ignorâncias de seus pseudos dirigentes. E se nisso culminar num “emburguesamento” ou elitização de seus torcedores vai ser ótimo. Muito melhor do que os nichos atuais que se dividem entre corneteiros, maconheiros, vândalos, briguentos e marginais que, por si só, preenchem quase o numero total dos três mil de sempre que vão aos jogos em casa, nesse nosso, já arcaico, estádio. Não há que se ouvir mais as vozes dos tradicionalistas que querem fazer sempre as mesmas coisas e sempre dos mesmos jeitos, tudo em nome de uma tradição de 119 anos sem títulos e de conformada pequenez.