Ponte Preta: o chefe de cozinha é capacitado. Os ingredientes serão suficientes para fazer um prato saboroso?

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Após a vitória diante do Genus pela Copa do Brasil um sentimento de tensão invadiu o torcedor da Ponte Preta. O planejamento de montagem da equipe dá impressão de encontrar-se atrasado e alguns jogadores contratados, se não são cabeças de bagre, estão muito longe daquilo que desejavam as arquibancadas.

Não há como fugir de um processo de retrospectiva. O que teremos: uma melhoria do roteiro de 2015? Uma repetição da história do Brasileirão de 2012 ou o sofrimento vivido em 2013? Quero colocar um novo ingrediente: talvez a Macaca pensou tanto na contratação do chef de cozinha e esqueceu de comprar os ingredientes para a montagem de um prato saboroso.

No ínicio do ano, apesar da chegada de Vinicius Eutrópio e a consequente contratação de Alexandre Gallo, qualquer pessoa informada sobre os bastidores do Majestoso sabia da predileção dos dirigentes por Eduardo Baptista.

Tudo foi feito para alcançar tal objetivo. A espera por sua queda no Fluminense, a agilidade para contratá-lo após constatar que Alexandre Gallo não traria evolução significativa…Talvez nunca um treinador nos últimos anos chegou cercado de tanta esperança e expectativa.

A espera por Eduardo Baptista gerou outro cenário indesejável:o atraso para atacar e resolver os problemas crônicos do elenco. Enquanto sonhavam com Eduardo Baptista, o zagueiro Fábio Ferreira errava de modo contumaz na zaga e Nino Paraíba emplacava uma decepção atrás da outra. Aguardar Eduardo Baptista fez a Macaca deixar em segundo plano o péssimo rendimento de Clayson no Campeonato Paulista e a dificuldade de emplacar e buscar um pouco de técnica e eficiência no volante Jonas.

Eduardo Baptista desembarcou e agora tudo é feito as pressas, no atacado e com a impressão de que algo deveria ter sido feito há tempos. Tanto as demissões como as reposições. A consequência verificou-se no duelo contra o Genus: um treinador com boas ideias, conceitos definidos de futebol e com dificuldade para aplicar sua metodologia por ausência de material humano adequado.

Terá aquilo que deseja? Renato Chaves, Renê Junior, Kadu e William Pottker e a possível chegada de Thiago Galhardo dão alento de dias melhores. Mas o relógio precisa ser acelerado. Inclusive com a compra de mais ingredientes. Até para que o cozinheiro faça um prato  capaz de satisfazer o paladar do torcedor pontepretano, o principal cliente. Que nunca pode sair insatisfeito.

(análise feita por Elias Aredes Junior)