A Ponte Preta tem uma divida acima de R$ 100 milhões com o presidente de honra, Sérgio Carnielli, atualmente afastado pela Justiça de todas as atividades do clube. Quem é a favor de Sérgio Carnielli desafia os conselheiros com postura independente a patrocinar uma formula que faça a Macaca andar com as próprias pernas. Já o outro lado quer uma auditoria para verificar se a quantia corresponde a realidade. Faço a pergunta: o que pensa o Conselho Fiscal a respeito do tema?
E aqui o questionamento não tem tom de cobrança e sim de esclarecimento. Composto por três integrantes titulares e outros três suplentes, esta instância deveria ter papel decisivo na arbitragem para a solução deste impasse.
Que ninguém diga que o estatuto não fornece tal premissa. No artigo 50, referente as atividades do Conselho Fiscal, a orientação do Estatuto é clara no item 3: “Emitir parecer sobre todos os pedidos relativos a suplementação de verba, fixação das taxas de manutenção, mensalidades e contribuições propostas pela diretoria executiva”, disse. Ou seja, o documento dá embasamento para perguntar respeitosamente se o Conselho Fiscal deveria emitir parecer sobre os inúmeros aportes feitos por Carnielli nos últimos anos. Deveria? Não deveria? É uma pergunta que cabe resposta.
O Conselho Fiscal tem uma tarefa saneadora. Basta checar o teor do item seis do mesmo artigo 50: “(…) dar ao Conselho Deliberativo conhecimento de erros administrativos, de irregularidades na contabilidade e de qualquer violação do Estatuto Social ou da legislação em vigor (…).
Talvez o caminho ideal é vislumbrar nos próprios mecanismos previstos no estatuto a construção de um caminho de redenção para a Ponte Preta. Basta querer.
(Elias Aredes Junior)