Ponte Preta: quando o planejamento é pessimamente feito não há remendo que dê jeito

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Quem nunca reformou uma casa ou apartamento? Anos e anos de economias, planejamento e chega o instante decisivo: a contratação do pedreiro. Ele terá que fazer render ao máximo o material de construção adquirido e terminar o serviço no prazo para que o pagamento seja feito no tempo devido.

Quando algo dá errado, a agonia surge. Ver obras remendadas, material excedente, desculpas esfarrapadas por parte dos prestadores de serviços e um resultado final pífio produz uma frustração sem fim. Pior: o pedreiro incompetente sempre considera-se com razão. Ele não erra, não falha e tudo é obra do acaso.

Digo que se o futebol fosse uma obra de construção civil, a Ponte Preta está lotada de pedreiros incompetentes. Após o final do Campeonato Paulista do ano passado, desculpas e mais desculpas são encaminhadas ao torcedor. Uma hora é o mercado que não oferece opções, outra hora é a oposição que não colabora e em outra é a disparidade econômica que atrapalha.

Ninguém é culpado: Sérgio Carnielli, José Armando Abdalla Júnior, Vanderlei Pereira, Gustavo Bueno, Marcelo Barbarotti… Todos são vítimas do acaso.

Enquanto isso, as consequências são colhidas: rebaixamento no Campeonato Brasileiro, desempenho errôneo no Paulistão e, agora, são 37 pontos na Série B e o sonho do acesso virtualmente descartado.

Atirar o canhão em Marcelo Chamusca é fácil. É cômodo e não há foco no principal. Bem, o discurso engatilhado já sabemos. Abdalla vai falar que não se omitiu; Carnielli dirá que não tem mais nada com o clube; Vanderlei Pereira idem; Ronaldão está de licença e nada tem a declarar.

Enquanto isso, uma obra mal feita e acabada desfila pelos gramados do Brasil.

E quem suporta é o torcedor, perdido, sem respaldo e desamparado. Que não compreende como a equipe tem uma cota igual a vários times e não consegue fazer um time mais competitivo que CSA e Fortaleza, recentemente promovidos.

O torcedor pontepretano não merece tanto sofrimento.

(análise feita por Elias Aredes Junior)