Portões fechados no Brinco de Ouro: hora da torcida do Guarani surpreender

1
1.730 views

Um time de futebol é construído por vitórias no gramado e atitudes inesperadas de sua torcida. É essa conexão louca e por vezes sem sentido é que faz história e diferença na vida do jovem, velho, criança ou do jogador criado desde pequeno nas categorias de base. Pois a torcida bugrina  tem uma chance única escancarada  e parece ignorar  os efeitos positivos.

Explico: o Guarani vai cumprir os dois jogos de punição imposto pelo STJD no Brinco de Ouro e com portões fechados. Convenceu a CBF a pagar a punição de uma maneira que não pudesse sangrar ainda mais os combalidos cofres. Faz o primeiro jogo contra o Guaratinguetá no próximo domingo de manhã e posteriormente no dia 12 de junho contra o Macaé.

Eis que o raro leitor ou leitora pergunta: o que a torcida poderá fazer se não poderá sentar na arquibancada? O que pode fazer diante da punição gerada a partir da confusão no jogo contra a Portuguesa no dia 14 de setembro do ano passado? A resposta é resumida em uma palavra: criatividade.

Esqueça diretoria. Despreze ajuda do poder estabelecido. A torcida bugrina poderia aproveitar a chance e detonar um sentimento de mobilização e aglutinação. Estratégias não faltam. Caminhão com trio elétrico na porta do estádio? Torcedores entoando gritos de guerra e que viabilize a chegada no ouvido dos jogadores? Não são más ideias.

Em Campinas, existe um costume enraizado. Bares e botecos localizados em bairros conhecidos ou nas regiões periféricas são adotados por torcedores de determinados times. O que impede de mobilizar os bugrinos das imediações para que estejam nestes estabelecimentos comerciais e assistam o jogo inaugural que terá transmissão pelo Esporte Interativo? O jogo contra o Macaé não terá televisão? Ora, não é desculpa. Junte a galera no boteco ou na própria casa e acompanhe a transmissão pelo rádio. O que não será perdoado é jogar fora a chance de aglutinar uma torcida marcada por sofrimentos e decepções desde 2001.

Está na hora do torcedor bugrino justificar a frase contida em uma faixa e sempre presente nos jogos longe de Campinas: “Você nunca jogará sozinho”. É hora de transformar a teoria em prática. Mesmo quando tudo rema contra.

(análise feita por Elias Aredes Junior)

1 Comentário

  1. Sinceramente, encher a boca pra falar da torcida agora é muito facil. A torcida mesmo apos 15 anos nojentos, continua sempre indo em jogos e apos esse paulistao, pedir qualquer coisa para nossa torcida nao é justo. Olha o que estao fazendo com nos. Eu com certeza estaria em eventos como esse que vc citou, talvez ate vc se for bugrino, mas o pai de ffamilia, o vovo,enfim, grande parte dos bugrinos cansou, e ir em jogo ja é muito. A boa noticia é q seguimos maiores q o time da linha do trem. Avante meu bugre