Presidente do Conselho Deliberativo do Guarani pede investigação sobre denúncia de Horley Senna

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O presidente do Conselho Deliberativo do Guarani, Edinho Torres, anunciou nesta sexta-feira, dia 03, que requisitou ao Conselho de Administração e ao Comitê de Ética e Disciplina do clube para abrir um processo de investigação em relação à denúncia do ex-presidente Horley Senna sobre mensalidades atrasadas de associados que teriam sido pagas pelo diretor comercial, Anaílson Neves, e por Lucas Andrino, ex-gerente de futebol profissional.

“(…)Apesar da denúncia não se tratar de fato ilegal, na visão da mesa do CD, o fato é extremamente grave, pois afeta a lisura e a postura ética que esperamos para uma assembleia dessa importância”, diz o trecho do comunicado enviado por Edinho ao superintendente executivo do clube, Marcelo Tasso.

Internamente, existiam resistências quanto ao recebimento da denúncia, mas Edinho preferiu levar adiante. “O CA realmente não queria aceitar a denúncia pelo fato do Horley encontrar-se inadimplente. Porém, a mesa do Conselho Deliberativo não aceitou os argumentos e dissemos que representaríamos a denúncia se não fosse aceita”, afirmou. Anaílson Neves afirma que o pagamento foi feito para colocar dinheiro no caixa do clube para viabilizar o pagamento da cirurgia do lateral-esquerdo Bruno Souza e não para angariar apoio político.

Em contato com a reportagem do Só Dérbi, o presidente do Guarani, Palmeron Mendes Filho, afirmou que nunca cogitou recusar a denúncia. “Nossa posição é que a denúncia dele deveria ser arquivada”, afirmou o presidente bugrino.

O Conselho de Administração mudou de ideia e  determinou que ocorra a garantia da preservação das imagens no dia dos fatos; a emissão de uma listagem diária, contendo adimplentes e inadimplentes; a emissão de uma listagem dos pagamentos realizados no dia em questão; a emissão de listagens diárias dos pagamentos ocorridos nos próximos dias até a realização da assembleia. A decisão foi feita na manhã desta sexta-feira, dia 03. “Não vamos colocar panos quentes”, disse.

A explicação, no entanto, não comoveu o presidente do Conselho Deliberativo bugrino. “Vou solicitar a quem vai presidir a assembleia de sócios que exclua os sócios citados. A atitude apesar de imoral e antiética não é ilegal”, afirmou Edinho Torres. Segundo ele, o estatuto prevê que só podem participar da Assembleia quem quitar os seus compromissos com o clube cinco dias antes da reunião. “Se a comissão de ética julgar culpado os acusados pode até decidir pela expulsão”, completou.

A decisão sobre a terceirização ou não do departamento de futebol acontecerá em duas etapas. O Conselho Deliberativo votará no dia 09 e no dia 13 será a vez dos sócios definirem se aceitam a proposta feita pela Magnum ou por pool de empresas articulado por Nenê Zini.

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(texto e reportagem: Elias Aredes Junior)