Que Ricardinho siga seu destino e seja feliz. E que o Guarani não trate atletas como números

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Ricardinho vai sair do Guarani. Vai jogar pelo Sport na Série A do Campeonato Brasileiro. Com boas chances de virar titular. É rápido, dinâmico, técnico e voluntarioso. Não é craque, mas tem uma utilidade preciosa para o futebol atual. Já está na história do Guarani. Fez o gol do acesso na Série A-2 em 2018 contra o XV de Piracicaba.

Nos últimos tempos, a sua vida não deve ter sido fácil. Alocado no banco de reservas e por vezes ignorado até dentro da estrutura do clube.

No ultimo sábado, o Guarani venceu a Internacional de Limeira. Justo realizar uma festa no vestiário. Conquista merecida. Você olha na foto e estão todos: dirigentes, comissão técnica, jogadores…Quanto a Ricardinho, que estava no banco de reservas, ninguém sabe, ninguém viu.

O revés certamente não foi suficiente para mudar o pensamento de Ricardinho. Ele sabe que a instituição está muito acima da vaidade e das decisões equivocadas dos homens de terno e gravata.

O Guarani Futebol Clube e sua torcida  estará sempre de braços abertos para Ricardinho e vai ovacionar o seu legado. Assim como recorda figuras como Fabinho, Giba, Medina. Gente que fez diferença. Que construiu a história.

Lições? Para Ricardinho, quase nada. Fez o que era certo e se entregou no gramado. Profissional ao extremo.

Quanto aos dirigentes e membros da comissão técnica, o conceito: apesar dos tempos atuais, que ninguém se engane: homens não são números. Tem sentimentos, possuem familiares e amigos.

Tratar com dignidade e deferência toda e qualquer pessoa é o mínimo que se espera de quem conduz uma entidade centenária. Que outros jogadores não recebam igual tratamento daqui em diante. Não acrescenta nada ao Guarani. Nada.(Elias Aredes Junior- foto de David Oliveira-Guaranipress)