Quem bancará a Ponte Preta em tempos de recessão? Carnielli precisará entrar em campo? Qual o plano B?

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A Ponte Preta fez contratações que encheram de esperança o torcedor. Camilo será o novo armador, Osman foi arregimentado para balançar as redes, Ernandes é o novo ocupante da lateral esquerda e Luizão vai liderar a defesa.

São jogadores de qualidade inquestionável para disputar a Série B. Se você pensar no goleiro Ivan, no camisa 10 João Paulo e no centroavante Roger, seria delírio excluir a Macaca do rol de pretendentes ao acesso. Apesar da péssima campanha no Paulistão.

Isso não elimina a necessidade de reforçar uma pergunta: Quem vai pagar a conta? A pergunta não é descabida. Já foi tema de artigo neste espaço, mas precisa ser reformulada e ampliada.

Os atletas contratados não vão ganhar baixos salários. Pelo contrário. São jogadores com perfil de Série B. E se você juntar com o fato de que os clubes brasileiros, segundo o especialista Amir Sommoggi, vai registrar, no mínimo, uma queda de 40% em suas receitas, o questionamento é urgente: quem vai pagar a conta? De onde virá o dinheiro?

Se o presidente de honra, Sérgio Carnielli, for utilizado mais uma vez como mecenas seria de bom tom que ele viesse a público e falasse claramente de que vai auxiliar a quitar a folha por 38 rodadas. Nada mais coerente. Na gestão de José Armando Abdalla Junior, todos da então oposição afirmavam em alto e bom som que era preciso mudar a administração e Carnielli entrar de corpo e alma. É verdade, colocou R$ 3,8 milhões assim que Tiãozinho tomou. E agora? Vai ajudar ou deixar o navio navegar em águas turbulentas? Vai ver a equipe naufragar de braços cruzados? São perguntas…

Não esqueça: bilheteria não teremos por causa das restrições em virtude do coronavírus; patrocínio dificilmente será arrecadado no volume de antigamente porque as próprios órgãos internacionais preveem uma queda no Produto Interno Bruto de 9%.

Se Carnielli bancar a conta, ok. Podemos dizer que, nem um desastre no Paulistão, retira a áurea de favoritismo da “Nega Véia” na Série B. Caso contrário, é urgente encontrar novas formas de financiamento. Para não chorar no futuro.

(Elias Aredes Junior)