Quem deve ser eleito como o melhor jogador da história do Guarani?

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O Guarani tem conquistas. Fez história entre os gigantes. Sua torcida é apaixonada e nutre a esperança de dias melhores. No meio deste processo, uma pergunta salta aos olhos: qual o melhor jogador da história do clube? Quem está no topo e merece ser relembrado tanto por sua postura dentro e fora de campo? Responder e dar o cetro a qualquer participante do título de 1978 é o caminho mais fácil. Não é bem assim. A vida traz surpresas, mudanças de posturas, fatos e ciladas capazes de alterarem os sentimentos.

Para provocar a reflexão e o debate entre os torcedores, o Só Dérbi resolveu elaborar uma lista de jogadores que merecem ser analisados como intocáveis. Lógico, ídolo supremo, somente um. Escolhemos quatro com seus pontos positivos e negativos. A conclusão é sua, inclusive na indicação de outros nomes. Os jogadores serão colocados em ordem alfabética e as informações foram retiradas da “Enciclopédia dos Craques”, de autoria dos jornalistas Marcelo Duarte e Mário Mendes e publicado pela Panda Books.

Amoroso: o talento precoce

Fenômeno nas categorias de base do Guarani no início dos anos 1990, o jogador nascido em 05 de julho de 1974

Com 19 gols, Amoroso foi o protagonista do Brasileirão de 1994
Com 19 gols, Amoroso foi o protagonista do Brasileirão de 1994 e levou o bugre a boa campanha

ganhou projeção ao se transformar em artilheiro do Campeonato Brasileiro de 1994 com 19 gols, ao lado de Túlio. Levou o Guarani ao terceiro lugar do Campeonato Brasileiro daquele ano e posteriormente viveu um calvário quando rompeu os ligamentos do joelho e passou oito meses em recuperação. Com a forma recuperada, Amoroso fez carreira em clubes como São Paulo, Flamengo, Udinese e Borussia Dortmund.

Ponto positivo: demonstra seu amor pelo Guarani sempre que é possível. Já foi integrante da direção das categorias de base.

Ponto negativo: os torcedores mais antigos têm dificuldade de assimilar o jogador como ídolo, especialmente porque jogou pouco tempo no time profissional, nos anos de 1992, 1994 e 1995.

Careca: o autor do gol que entrou para a história

Técnico, habilidoso, com extremo faro de gol, Careca é peça importante da época de ouro do clube. Autor do gol do título brasileiro de 1978, Careca levou ainda o Guarani às semifinais da Copa Libertadores de 1979, a conquista da

Careca no gramado que foi palco do gol eternizado para a história
Careca no gramado que foi palco do gol eternizado para a história

Taça de Prata de 1981 e ao terceiro lugar do Campeonato Brasileiro de 1982, quando o Alviverde caiu diante do Flamengo. A camisa do Guarani lhe abriu portas para a Seleção Brasileira em 1982, cuja participação na Copa do Mundo foi abortada por lesão muscular.

Ponto positivo: jogou quatro anos, de 1978 a 1982 e esteve inserido nas principais conquistas do clube.

Ponto negativo: Tem uma idolatria mais forte junto a torcedores do São Paulo e do Napoli, local em que foi parceiro de Maradona.

Jorge Mendonça: uma máquina de fazer gols

Jorjão já era um jogador consagrado quando desembarcou em Campinas em 1980. Ganhou a Taça de Prata de 1981, participou do Brasileirão de 1982 e protagonizou um duelo com Zico nas semifinais. O Guarani perdeu no Brinco de Ouro por 3 a 2 e Jorjão fez dois gols enquanto que o Galinho de Quintinho fez três. No Campeonato Paulista de 1981, Jorge Mendonça anotou 38 gols e foi o único jogador na história que fez acima de 30 gols na

Jorge Mendonça: símbolo de uma era de Ouro do Guarani
Jorge Mendonça: símbolo de uma era de Ouro do Guarani

competição, excetuando Pelé, com 58 gols, em 1958.

Ponto positivo: Jogou de 1980 a 1983 em alto nível e teve sua melhor fase técnica em Campinas.

Ponto negativo: Apesar dos feitos e do reconhecimento dos cronistas esportivos, é praticamente esquecido pela torcida, mesmo aqueles que acompanharam sua carreira.

 

 

Neto – Precisão na bola parada

Revelado nas categorias de base do clube, teve uma primeira fase entre 1983 e 1986, cuja principal façanha foi o terceiro lugar no Campeonato Paulista de 1985. Depois, antes do começo do Brasileirão de 1986, Neto foi emprestado ao Bangu e retornou com a vitória de Beto Zini para a presidência do clube. Foi destaque na campanha do vice-campeonato paulista de 1988 e entrou para história ao marcar de bicicleta o gol bugrino no jogo de ida contra o Corinthians. Voltou em 1995, mas não teve o mesmo brilho.

Pontos positivos: técnica para cobrar faltas e atuação como dirigente.

Ponto negativo: sua história é mais ligada ao Corinthians.