Realidade, planejamento e euforia: a vida da Ponte em 2016

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Eu não sei se chega a ser planejado, mas se for, parabéns a quem planejou. A Ponte versão 2016 entra na Copa do Brasil de uma forma muito mais competitiva em relação aos outros anos. Talvez por medo de outro oba-oba gerado pela campanha de 2013 na Sul-Americana, talvez por ter aprendido, talvez por escolhas financeiras.

Longe de mim querer dizer pra um torcedor, ainda mais pontepretano, para não sonhar tão alto. Na verdade, a cada rodada do Brasileirão ou nas partidas da Copa do Brasil, os números dizem que é possível sonhar cada vez mais alto.

Explico: chegar ao G4 era algo impensável após a pífia campanha no Campeonato Paulista. E a Ponte chegou. Antes mesmo de se confirmar ali, muda-se o alvo pra Libertadores e começam a especular uma briga que ainda não existe. Hoje, a Ponte disputa com Flamengo, Atlético-PR, Santos, Atlético-MG e São Paulo uma vaga no G4.

Na visão do torcedor, se o time foi capaz de vencer Palmeiras, São Paulo, Atlético-PR e moralmente o Internacional pelo Brasileirão, repetir uma campanha semelhante à de 2001 na Copa do Brasil não é impossível.

Ela pode disputar o título na Copa do Brasil? Pode!

Pode chegar ao G4 no Brasileirão? Claro!

Você acredita?

Não. Dessa vez eu não acho que vá acontecer. Apesar de achar que a equipe faria frente a São Paulo, Inter e Cruzeiro, brigar com times como Atlético-MG, Palmeiras, Corinthians, Santos e Grêmio é desleal.

Possível? Óbvio que sim. Aliás, o trabalho de Eduardo Baptista precisa ser elogiado. Em meio a teimosias, erros e acertos, encontrou um padrão e um esquema, além de recuperar o futebol de jogadores como Roger, Clayson e Reinaldo. A receita tem se mostrado bem simples. Trabalho, pouco problema, nada de oba-oba e um time cheio de jogadores esforçados (mas sem nenhum diferencial para resolver os jogos).

É preciso dosar a realidade com o otimismo após uma goleada contra o Figueirense. Quero a equipe continue competitiva. Mas nada de “dobrar a meta” antes de atingi-la. Estar entre os 10 melhores do Brasileirão e entre os 16 melhores da Copa do Brasil já é um passo imenso para quem brigaria para não cair.

(Analise feita por Júlio Nascimento)