Renato Cajá e a missão de incutir nos companheiros a real dimensão da Ponte Preta e da busca pelo acesso

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Renato Cajá é um especialista em Série B. Apesar de técnico e habilidoso com a bola nos pés, o atleta soube colher dividendos em uma competição calcada pela força e disputa de espaço pela força física. Subiu com o Bahia, Goias, e duas vezes com a Alvinegra campineira, em 2011 e 2014. Na Ponte Preta ele é protagonista.

A contextualização é necessária para apontar que ganha peso sua declaração antes do treinamento desta quinta-feira quando diz que jamais viveu uma situação tão difícil. “De Série B, é a situação mais difícil que já vivi aqui. Nas outras a gente sempre conseguiu os acessos. Acredito que a gente precisa não desistir, não parar, não importa a circunstância dentro de campo. Se não vai na técnica, vai na raça, precisa ir na força, todo mundo se juntar, se unir pelo outro. São momentos assim que tem que tirar mais de si e nunca baixar a cabeça. É fazer história no clube”, afirmou o jogador.

Apesar de ficar conhecido por ser um jogador meio blasé, Cajá demonstra nesta passagem uma característica ímpar: o conhecimento do que é atuar na Ponte Preta e suas consequências. Para o bem ou mal. Conhece o sofrimento da torcida e o plus financeiro que será averiguado caso fique entre os quatro primeiros. Tudo isso ocorre porque Renato Cajá queira ou não, criou um vinculo com a cidade e a agremiação.

Nestes oito jogos decisivos, muito mais do que fazer gols de falta ou de chutes de média e longa distância, o Camisa 10 pontepretano dará uma grande contribuição se incutir na mente de seus companheiros que a Ponte Preta precisa do acesso não somente por uma questão esportiva e sim, de sobrevivência.

Se cumprir tal missão, o jogador terá realizado com louvor a sua missão.

(Elias Aredes Junior)