Saída de Trevisan, chegada de zagueiros e a velha sina na Ponte Preta: buscar no mercado aquilo que já produziu com excelência no passado

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Henrique Trevisan foi liberado pela Ponte Preta. Vai retornar ao Estoril. Enquanto esteve em campo, não agradou. A torcida pontepretana não contemporizou as suas falhas. Poderia ser melhor. O fracasso de Trevisan, no fundo, esconde uma incompetência crônica cometida pela atual diretoria.

Na atualidade, o elenco é formado pelos beques Léo, Cleber Reis, Alisson, Wellington Carvalho, Luizão e Rhayan. De todos, apenas o primeiro é formado nas categorias de base da agremiação. Defino tudo em uma palavra: inadmissível.

Na questão histórica, nem preciso citar. Oscar, Juninho Fonseca, André Cruz…a lista de zagueiros revelados na Macaca é enorme. Era algo tradicional. Existia uma diretriz. Até porque em relação a outras tarefas no futebol, a projeção de defensores não é tão dificultosa.

Bom posicionamento, força física, eficiência na bola aérea, bloqueio contumaz do oponente. Convenhamos: são função que podem ser ensinadas, especialmente por um treinador antenado. Se o escolhido tiver habilidade e exibir boa saída de bola, é um plus.

Gente como Marcos Garcia Costa e Fausto Cunha Penteado, que cuidavam das categorias de base no passado, sabiam disso. E sempre forneciam zagueiros. Alguém pode argumentar: ah, mas e se revelasse alguém de poucos predicados técnicos? Garanto que certamente que salário pago seria bem menor do que um atleta buscado pela Ponte Preta. Já valeria a pena.

Qual seria o quadro normal? Que a cada seis zagueiros, três ou quatro fossem formados nas fileiras do Majestoso. E as contratações para a posição fossem pontuais. Hoje, a Ponte Preta está refém da velho processo de tentativa e erro. Não deveria.

(Elias Aredes Junior)