Seja sincero: nas atuais condições, no lugar de Anselmo Ramon, você permaneceria no Guarani?

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Anselmo Ramon despediu-se do Guarani. Com 13 jogos e dois gols. Ficou parado nove meses em virtude de uma lesão no joelho. Fez a recuperação no Guarani. De junho e fevereiro. Agora, pediu para sair. O Alviverde teve compensação financeira? É verdade. Mas o fato é que saiu. Por que?

Vamos relembrar a carreira do atleta de 30 anos. Tem passagens por Cruzeiro, Cabofriense, Rio Branco, Avaí e Oeste no Brasil, além de Kashiwa Reysol, do Japão, Cluj, da Romênia, e Hangzhou Greentown, da China. Foi campeão catarinense, brasileiro pelo Cruzeiro . Sua passagem pelo futebol foi marcada por irreverência e estrelato. Ou seja, Anselmo Ramon é um atleta de ponta. Busca objetivos. Quer ficar no topo.

Se hoje o seu mercado é a Série B, é obvio que sua meta é buscar o acesso. Passaporte para novos saltos. Inclusive um retorno á divisão de elite do futebol brasileiro.

Pare, pense, reflita. Recorde que o Guarani vive uma situação financeira delicada, a parte política em ebulição, o Conselho de Administração envolvido em dificuldades de gestão, deficiência na estrutura e ausência oficial até do Conselho Deliberativo e do Conselho Fiscal. Um clube perdido. Junte isso ao fato de poucos reforços terem desembarcado, o técnico ser contestado pela torcida e em duas rodadas, a equipe não ter marcado um único gol.

Obvio que Anselmo Ramon jamais dirá qualquer um dos argumentos colocados acima. Mas o Guarani forneceu motivos para Anselmo Ramon balançar em suas convicções e permanecer no estádio Brinco de Ouro. A resposta é não. Ah, mas ele aproveitou-se do Guarani para fazer o tratamento…Concordo. Só que jogador de futebol não tem sentimentalismo. Sua meta é fazer uma carreira profícua e com bons resultados. E talvez (talvez!) Anselmo Ramon não tenha visto isso no Brinco de Ouro.

Futebol é negócio. Antes de reclamar de qualquer jogador que sair do Brinco de Ouro pense se o Alviverde tem os predicados semelhantes a concorrência. Infelizmente, você chegara a conclusão de que a decisão não é tão absurda.

(Elias Aredes Junior)

5 Comentários

  1. Sério mesmo?! a matéria tinha que ser assim:

    “No lugar do Guarani, você ficaria com Anselmo Ramon?”

    Por mais “estrela” que tenha, fez o que desde que chegou? Alguns jogos, dois gols antes de se machucar, meses de recuperação, voltou aos poucos e como disse Palmeron, agora que seria pra colher frutos quer tentar a sorte em outro lugar?
    Mais um chinelinho que vai jogar do lado do maior que passou nos últimos anos (Victor Ramos).

  2. Você tem razão no seu ponto de vista , mas há uma questão que é a de reconhecer o que foi feito pelo clube . Quando ocorreu a contusão , se o clube não cumprisse com as suas obrigações de pagar o tratamento e o salário que era alto , tenho certeza que o mesmo teria procurado a justiça para ressarcir os seus prejuízos . Como o Guarani cumpriu com tudo mas não obteve nada de volta do jogadot , ou seja o seu talento de fazer gols . Então ele pode ir afinal o Guarani no momento não pode lhe propiciar acesso , titulos etc… Quando ele veio para o Guarani a situação era muito diferente de agora . Exigem muito profissionalismos dos Clubes , mas não vejo a mesma exigência com em realçao aos atletas .

  3. Elias, boa tarde, mas ai faltou a questão da gratidão , sentimento que poucos tem, o cara chegou, apenas usou o clube com vitrine e centro de recuperação , depois de recuperado ,e de volta ao mercado da bola simplesmente disse adeus, Mas o culpado disso tudo e Adm, do clube que foi tentar, uma renovação , logo depois ,que o time da Bahia, manifestou interesse , mais uma boa murcha ,desta diretoria , infelizmente rumo a série C! Forte abraço irmão.

  4. Qualquer um com o mínimo de caráter e hombridade permaneceria e retribuiria os nove meses de salário que recebeu sem trabalhar.
    Um trabalhador comum não recebe da empresa e sim do INSS. No caso ele recebeu da empresa …
    Infelizmente hoje é tudo superficial e promiscuo, inclusive a imprensa que apoia este tipo de jogador.

  5. Gente, nada mais falso hoje em dia do que ver jogador beijando camisa do clube, jogador que literalmente “vestia a camisa” do clube foi coisa de 40 anos atrás, hoje a situação é outra, é cada um por si e Deus contra todos. Por mais que alguns discordem, vejo o atleta como um trabalhador comum. Errou o Guarani que deveria ter colocado uma cláusula no contrato dizendo que em caso de contusão que o afastasse do trabalho por mais de 15 dias o Clube arcaria com o tratamento, mas ele seria encaminhado ao INSS onde receberia auxílio-doença. Simples, assim. Se o Guarani não fez isso e optou por pagar os salários dele, significa que assumiu o risco e abriu as portas para que esse tipo de situação pudesse acontecer.