Série A2 x Série B: Guarani vê público despencar no Brinco de Ouro; entenda as razões

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O Guarani foi sucesso de público na campanha vitoriosa na Série A2 do Campeonato Paulista. Entre os 16 participantes, o Bugre teve a melhor média de pagantes (7.137) em seus domínios. Nos dez jogos, 71.379 foram comercializados nas bilheterias do Brinco de Ouro da Princesa e presença maciça nas arquibancadas, proporcionando renda líquida total de R$ 480 mil.

O título regional e o acesso à primeira divisão, todavia, parecem não ter sido suficientes para manter a casa cheia ao longo da Série B do Campeonato Brasileiro. Depois de 15 partidas, o número caiu quase pela metade, o que coloca o Alviverde, no momento, em oitavo no ranking com 4.199 espectadores.

Para entender melhor as estatísticas, o Só Dérbi separou alguns motivos que podem explicar a real situação.

1. DIAS E HORÁRIOS

Os dias e horários escolhidos pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF), responsável pelo agendamento das partidas, só culminaram o afastamento dos bugrinos. Pouquíssimos jogos foram realizados em um horário nobre: 16h30, de sábado, por exemplo. A tônica da entidade foi duelos em torno das 21h.

Guarani  2 x 0  Sampaio Corrêa: 16h30, sábado, com 4.644 pagantes

Guarani  2 x 3  Ponte Preta: 19h, sábado, com 18.078

Guarani  1 x 0  Criciúma: 19h15, terça-feira, com 2.511

Guarani  2 x 0  CRB: 21h, sábado, com 1.737

Guarani  1 x 1  Vila Nova: 16h30, sábado, com 3.521

Guarani  0 x 0  São Bento: 21h, quinta-feira, com 2.237

Guarani  1 x 1  Boa Esporte: 21h30, sexta-feira, com 2.248

Guarani  2 x 1  Coritiba: 18h, segunda-feira, com 4.567

Guarani  2 x 3  Figueirense: 21h30, terça-feira, 3.824

Guarani  2 x 1  Brasil de Pelotas: 16h30, sábado, com 3.653

Guarani  2 x 3  Fortaleza: 16h30, sábado, com 7.101

Guarani  2 x 0  Atlético-GO: 21h30, terça-feira, com 3.233

Guarani  0 x 2  Goiás: 19h15, terça-feira, com 2.781

Guarani  1 x 0  Juventude: às 21h, quinta-feira, com 2.851

Guarani  1 x 0  CSA: 19h, sábado, com 6.803

2. DERROTA NO DÉRBI

O impacto na tabela de classificação é simples: a perda de três pontos. Na prática, entretanto, as consequências foram mais pesadas. Perder o dérbi para a Ponte Preta, diante de 18 mil pessoas, cortou a empolgação da torcida após o título da Série A2.

Prova disso é que, depois do tropeço no maior rival, o Guarani demorou três meses para ultrapassar a marca de 5 mil torcedores. Ciente da baixa procura, a diretoria optou por fechar o tobogã em diversas vezes como medida de redução de custo.

3. IRREGULARIDADE

A inconstância da equipe ao longo dos pontos corridos também minou a confiança dos bugrinos. Sem conseguir embalar de vez nos pontos corridos e sequer ter entrado no G4, o time campineiro sofreu bastante e viveu entre altos e baixos. O sistema defensivo, inclusive, passou a falhar com frequência, exigindo paciência redobrada. Sem perspectivas positivas, o público no Brinco ficou aquém do que o confronto exigia.

“A explicação é muito simples. Os maus resultados nos jogos em casa. Somente agora conseguimos emplacar duas vitórias seguidas. Isto afastou a torcida”, comentou o presidente Palmeron Mendes Filho.

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(texto e reportagem: Lucas Rossafa)