Sheik, Lucca e Léo Artur em alta na Ponte Preta? Bom. Mas Gilson Kleina precisa apresentar algo novo. Antes que seja tarde

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Após a vitória contra o Coritiba e o alívio gerado pela atuação estupenda de Emerson Sheiik existe uma dúvida se a Ponte Preta está fora de perigo e se vai trilhar um caminho mais seguro no Campeonato Brasileiro. Infelizmente, a resposta é não. E existem motivos para chegarmos a tal conclusão e a principal atende pelo nome de Gilson Kleina.

Perceba como Emerson Sheik foi (com razão) homenageado ao lado de Lucca por causa de suas boas atuações enquanto que o técnico Gilson Keina ficou em segundo plano.

Queiramos ou não, existe insegurança sobre um novo caminho percorrido pelo treinador. Impossível esquecer que antes da vitória sobre o coxa branca, Kleina flertou com diversas formações e não colheu bons resultados. Invariavelmente, foi vitima da estratégia da moda, que é conceder a bola ao adversário e de quebra tomar gols no contra-ataque.

Lógico, existem méritos na sua escalação com o lateral-direito Jeferson e a entrada de Maranhão, que em médio e longo prazo proporcionarão válvulas de escape, atributo ausente desde o Campeonato Paulista.

Só que é pouco. Em uma competição intensa como o Brasileirão, o treinador deve contar não só com elenco robusto, mas um plano de jogo forte definido e um plano B à espreita em caso de emergência. Queiramos ou não, Gilson Kleina não tem um requisito e nem outro.

A goleada aplicada sobre o Coritiba não pode descartar o fator primordial, que é da colaboração intensa do ex-técnico Pachequinho para o Resultado.

No fundo, no fundo, além do talento de Emerson Sheik, Lucca, Léo Artur e boas atuações de Jeferson e Aranha, os equívocos do adversário ajudaram. Escalar Jonas e Edinho, por exemplo, é um convite ao erro de passe e falta de criação. Os gols viraram consequência. Sem contar as improvisações de Pachequinho aproveitadas pelos jogadores pontepretanos.

Até o final do turno, a Macaca terá jogos em casa contra Fluminense e Vasco no Majestoso e jogará na condição de visitante diante de Atlético-PR e Vitória. Como anfitrião, vai encarar duas equipes cariocas com campanhas boas, mas que podem ser melhores, especialmente como visitante. O

s duelos diante do Furação e do rubro-negro baiano podem ser oportunidades para apagar os resultados ruins diante de Atlético-GO e Avaí. Só boas atuações não vão bastar. Gilson Kleina terá que apresentar algo novo e sólido para que a torcida tenha a certeza de que a Ponte Preta tem uma cara, um jeito de jogar e uma alternativa em caso de emergência. Algo que ele pode fazer, como demonstrou na Série B de 2011 e durante a temporada de 2012 antes da transferência ao Palmeiras. A bola está com a comissão técnica.

(análise feita por Elias Aredes Junior)