Após seis anos, a Ponte Preta terá eleições para a escolha da sua diretoria executiva para o próximo período. Para obedecer os tramites determinados pelo presidente do Conselho Deliberativo Mauro Zuppi, as duas chapas protocolaram na secretaria do clube as suas inscrições para o pleito marcado para o dia 27 de novembro.
A Chapa Sempre Ponte Preta, sob a coordenação do atual vice-presidente Giovanni Di Marzio apresentou os 225 nomes requisitados pelo estatuto e ainda afirmaram que tem mais 140 nomes para atuarem como substitutos caso algum dos nomes seja vetado a partir do dia 17, conforme estipula o regulamento da eleição.
Em contrapartida, a Chapa Renovação, comandada por Miguel Di Ciurcio, encaminhou a listagem da oposição com os 225 nomes necessários e ainda com outros 40 nomes de reserva.
Ao somar os aliados de oposição e situação, a disputa será pelos 205 votos restantes que não estão sob o domínio de nenhum dos grupos.
Se conseguir passar pelos filtros estabelecidos pelo estatuto em relação a legalidade dos nomes, a situação tentará sustentar a dinastia de Carnielli e a oposição buscar quebrar a hegemonia do empresário no poder.
O retrospecto é favorável a situação. No pleito realizado em 25 de novembro de 2008, Sérgio Carnielli recebeu 625 votos dos 827 associados que comparecem ao pleito. Na ocasião, a Ponte Preta tinha 1.184 associados. O oposicionista Marco Antônio Eberlim, tinha recebido 186 votos.
Três anos depois, Sérgio Carnielli ganhou novo mandato ao receber 832 votos, contra 226 da oposição denominada “Ponte Preta 11 anos”, coordenada pelo ex-presidente Lauro Moraes Filho. Na ocasião, Carnielli já estava afastado do cargo por determinação do juiz Renato Siqueira de Pretto em virtude de falhas na prestação de contas do clube. A presidência foi exercida por Márcio Della Volpe, que ficou até a entrada de Vanderlei Pereira, que foi aclamado, pois não houve chapa de oposição.
(texto e reportagem: Elias Aredes Junior)