Thiago Carpini: a permanência tem as suas digitais. Deve comemorar. Mas com os pés no chão!

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Thiago Carpini. Nome e sobrenome de uma campanha heroica no segundo turno. O Guarani tem calendário definido para 2020. Não é pouco.  Envolto em uma disputa política entrelaçada por um mar de incompetência, não dava para acreditar que ocorreria final feliz.

Com jeito boleirão misturado com uma pitada de ciência, Carpini montou uma equipe com intensidade, toques curtos e contou com atletas decisivos para colocar seus planos em prática. Em primeiro lugar, Davó; Posteriormente Diego Cardoso, cujo os gols asseguraram sete pontos para o Alviverde campineiro.

Carpini mostrou potencial? Verdade. Especialmente coragem, porque assumiu em um período em que ninguém queria treinar o Guarani. Só relembrar o que fez Renê Simões.

Isso não quer dizer que foi perfeito. Se Carpini teve sua porção Batman, também ostentou uma faceta Charada, em que por vezes não oferecia alternativas aos enigmas que apresentava. Mistérios produzidos pela obsessão em segurar o empate contra times inferiores, como São Bento e Vila Nova.

Ou quando montava um esquema tático excessivamente defensivo para disputar um clássico dentro de casa.

Boa noticia: Thiago Carpini é novo, está no começo da caminhada e certamente não cometerá estes mesmos erros.

Além disso, precisa entender a natureza e a função das criticas. Não pode cair na tentação de considerar jornalistas e cronistas esportivos como inimigos. E nem como parceiros e sim como profissionais encarregados de transmitir informações aos torcedores.

Carpini pode e deve comemorar a permanência. É um feito que tem suas digitais. Mas não pode tirar os pés no chão e considerar que existir uma longa caminho, cujo passo seguinte é assegurar 12 pontos e a manutenção na próximo Campeonato Paulista para o Guarani.

(Elias Aredes Junior- foto de David Oliveira- Guaranipress)