Tratamento desigual: a justificativa para derrubar a liminar da FPF

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Graças à uma liminar conquistada pelo advogado Alexandre Gialluca, que derrubou parcialmente a portaria da Federação Paulista de Futebol (FPF), os jogos da Ponte Preta – tanto dentro como fora de casa – poderão ter torcida dos dois times a partir de março.

Em entrevista ao Só Dérbi, Gialluca afirmou que a ideia de entrar com uma ação na Justiça surgiu em janeiro com um grupo de torcedores, encabeçado por Giovanni Dimarzio, ex vice-presidente da Macaca. “É bom ressaltar que eu não sou advogado da Ponte Preta, mas sim contratado por parte da torcida. Quando fui procurado, concordei com a ideia do pessoal, pois a punição era desproporcional”, confessou.

O principal argumento da Alvinegra foi a falta de critérios. “Nós alegamos que o Estatuto do Torcedor e o Código de Defesa do Consumidor foram feridos com a antiga medida. Quando se decidiu ter torcida única entre os grandes de São Paulo foi por conta de uma morte no confronto entre Corinthians e Palmeiras. É errado punir a Ponte Preta dessa forma, porque a torcida invadiu o gramado, mas não deixou vítimas fatais. São situações diferentes com punições desproporcionais”, afirmou Gialluca.

O advogado afirmou que estará na sede da FPF, ao lado dos torcedores, nesta terça-feira, às 15h, para fazer a reapresentação. A entidade máxima do futebol paulista, parte do processo, ainda pode recorrer da decisão. A liminar, porém, não vale para esta quarta-feira, quando a Macaca receber a Internacional de Limeira, pela Copa do Brasil. São necessárias 72h úteis, a partir de amanhã, para as medidas entrarem em vigor.

O primeiro compromisso da Ponte Preta como mandante, sob nova regra, será em 05 de março, diante do Bragantino, às 20h, pela décima rodada do Campeonato Paulista. Como visitante, os torcedores já poderão estar presentes no próximo domingo, quando o time visita o Mirassol.

A Macaca, por determinação do Ministério Público, estava proibida de receber torcida visitante em Campinas e de ter apoio fora de casa por conta da invasão na partida contra o Vitória, em novembro, pelo Campeonato Brasileiro.

(texto e reportagem: Lucas Rossafa/foto: G7 Jurídico)