Até o final deste mês, o Guarani deverá anunciar Sidcley Menezes como novo comandante do futebol profissional. Deverá utilizar o mês de novembro para tomar conhecimento das características do elenco para posteriormente iniciar o planejamento para o Campeonato Paulista.
À primeira vista, a torcida bugrina desaprovou o nome nas redes sociais. Motivo: Sidcley foi o responsável pela montagem do elenco do Vila Nova, atualmente ocupante da zona do rebaixamento. Considero salutar uma análise mais aprofundada do seu histórico profissional antes de qualquer sentença definitiva.
No comando do Vila Nova, o dirigente deixou a equipe na terceira colocação do Goianão. Com um adendo: a equipe mais popular do estado somou 23 pontos enquanto que o vice-campeão Goiás acumulou 40 pontos e o campeão Atlético-GO teve 44 pontos. Reflexo da disparidade econômica e da capacidade de investimento entre os rivais.
Sidcley Menezes contabiliza outros dois trabalhos de destaque. O primeiro foi no Athlético-PR em que ocupou o cargo de gestor técnico de 2014 a 2016 e na Série A não decepcionou. Em 2014 a equipe ficou na oitava posição com 54 pontos e no ano seguinte terminou em 10º lugar com 51 pontos. Não se pode perder de vista que Sidcley esteve inserido em um time estruturado, com uma linha de trabalho definida e que estava ainda inebriado pela participação do estádio na Copa do Mundo.
No América Mineiro, a trajetória foi amarga. Ele chegou em abril de 2016 e ficou até outubro. Foi dispensado dois meses antes do encerramento do Brasileirão. Explicação: a equipe terminou com 28 pontos e na lanterna após 38 rodadas.
O histórico permite concluir que Sidcley Menezes tem potencial. Desde que tenha estrutura, respaldo e uma linha de trabalho. O Conselho de Administração será capaz de lhe fornecer todos estes atributos? A eleição do próximo ano não vai atrapalhar? Estas respostas só o tempo vai responder.
(Texto, análise e Reportagem: Elias Aredes Junior)