Vice-líder na Série B, Guarani amplia ‘faxina’ e libera mais dois jogadores

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Na vice-liderança da Série B, o Guarani segue reformulando o seu elenco em relação aos atletas que perderam espaço desde a Série A2. Agora, foi a vez da diretoria liberar Dênis Neves e o meia Edinho. O lateral não estava treinando com o grupo há dois meses, mas o meia foi relacionado no início do Brasileirão – inclusive foi utilizado por Vadão em três oportunidades.

A situação de Dênis Neves já era insustentável na equipe. O jogador teve seu ápice no primeiro semestre de 2016, mas não manteve regularidade com Chamusca na campanha do acesso na Série C e não foi bem durante a Série A2 deste ano. Foi dispensado, mas por problemas na rescisão tentou negociar sua permanência na equipe. Sem acordo, treinava em separado do grupo e foi liberado para assinar com o Tombense.

Já Edinho é o atleta com maior contrato no Guarani. O vínculo do meia de 22 anos vai até 2019 com o Bugre. Foi contratado por Chamusca em maio do ano passado, revezou entre titularidade e banco durante a Série C, mas foi emprestado ao Mogi Mirim em 2017. Com índice de rejeição em parte da torcida, será emprestado ao CSA na Série C até dezembro com a opção de compra definitiva.

O próximo da lista é o zagueiro Phelipe Maia. Ele teve uma grave lesão ainda na Série A2 e está voltando aos treinamentos, mas não faz parte dos planos de Vadão. A direção bugrina vai colocá-lo à disposição do mercado e se não receber propostas terá uma programação especial dos demais companheiros. Recentemente, o atacante Uederson também foi liberado do alviverde e assinou com o América-RN.

(texto e reportagem: Júlio Nascimento)

8 Comentários

  1. Júlio, permita-me dar uma sugestão, com toda a educação.

    Evite usar o termo “faxina” para falar do desligamento de jogadores do elenco. Faxina é uma palavra forte, que se refere a limpar um ambiente, tirando todo lixo e sujeira existentes.

    Sei que você não usou o termo com “maldade”. Aliás, o termo faxina é comum para falar de redução de elencos de futebol. Mas é importante que a gente faça um uso sábio das palavras. Muitas vezes elas carregam uma carga semântica inconsciente, porém presente.

    Muito obrigado.

  2. Como os dirigentes do GFC contratam mal.O clube passa por problemas financeiros e se dá ao luxo de contratar jogadores que não jogam 04 partidas. A torcida não é burra e sabe a diferença entre quantidade e qualidade.

  3. Racional, não é chatice, nem implicância. É entender que elementos linguísticos carregam cargas semânticas que envolvem-se fortemente em um ciclo de formação cultural, em relações causais e consequenciais.

    Para pessoas como nós, talvez isso não seja tão importante. Mas um jornalista, profissional da realidade e das letras, precisa ser meticuloso com seus textos, tendo cuidado, tanto com os resultados imediatos, quanto com os de longo prazo; tanto dos detalhes meramente informativos, quanto dos formadores e refletores de cultura.

    Essa percepção é estudada por uma área multidisciplinar de conhecimento chamada “teoria do discurso”, na qual linguística, filosofia, sociologia e outras áreas são envolvidas.

    Assim, meu comentário ao Júlio não teve a intenção de prejudicá-lo, nem ao menos de “pegar no pé”. Meu interesse foi tão somente fazer uma contribuição, esperando despertar processos reflexivos relevantes.

  4. Racional, muita calma nessa hora. Sua definição de qualidade não está tão boa.

    Você disse: ‘“Qualidade” significa que um determinado jogador ja fez bons trabalhos por outras agremiações e consequentemente, seu passe valoriza.’.

    Discordo de você. É possível que jogadores tenham qualidade sem que tenha tido as condições circunstanciais adequadas para demonstrá-la em outros clubes. Exemplos:

    1) O jogador pode ser muito novo. Ou seja, sua qualidade não teve tempo para aparecer. Solução: oportunidades.

    2) O jogador jogou apenas em times de pequena expressão, com colegas que não colaboravam. Ou seja, sua qualidade não teve espaço para aparecer, já que futebol é individual. Solução: bom elenco.

    3) O jogador pode ter alguns bloqueios emocionais que minam sua confiança ou deixam-no desconcentrado. Ou seja, sua qualidade está escondida debaixo de situações psicológicas. Solução: trabalho psicológico.

    4) O jogador tem um conjunto de qualidades boas, mas há um ou outro fundamento ruim que acaba prejudicando-o, eclipsando todas as suas virtudes. Ou seja, sua qualidade é eclipsada por alguns defeitos. Solução: treinos específicos.

    Os itens 3 e 4, inclusive, são emblemáticos. É a explicação do porquê alguns jogadores sempre foram medíocres, mas, nas mãos de determinado técnico, acabaram “desabrochando” e jogando muita bola.

    Times com poucos recursos financeiros, como Guarani e AAPP, precisam ter esse tipo de mentalidade na hora de contratar jogadores. Precisam esforçar-se para desenvolver o “olhar clínico”, enxergando jóias preciosas que só precisam de tempo, de um bom elenco ao redor, de um apoio psicológico ou de alguma lapidação de fundamentos.

  5. ele pode não ler mas pelo menos respeita a pessoa e o profissional…já é uma grande coisa…Ao contrário de outros que acham que o site é a empresa dele e acha que pode mandar até nas pautas e assuntos feitos pelos outros. Viu senhor Samuel Carvalho!?

  6. Em contratações, o clube vai acertar e errar, felizmente, na Série C do ano passado teve mais acerto do que erro, ao contrário de outras competições. Denis Neves, por exemplo, foi uma boa aquisição, ajudou como pôde. Já Edinho foi um fiasco.