43 anos de Amoroso, o ídolo que se importa com o Guarani!

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Márcio Amoroso dos Santos. Nome eternizado na história do futebol brasileiro. Completa nesta quarta-feira (5) 43 anos de idade. Tem currículo e estrada para ser ídolo número de diversos clubes.

Tem 86 partidas pela Udinese, em que foi artilheiro. Outras 59  pelo Bórussia Dortmund, local em que soltou o grito de campeão, gesto feito no Parma. Poderia citar também os títulos da Copa Libertadores e do Mundial obtidos com a camisa do São Paulo. Sem contar suas passagens pela Seleção Brasileira. Tais argumentos ficam inúteis, artificiais e sem sentido diante da constatação: Amoroso é ídolo do Guarani. Rivaliza com campeões do porte de Careca, Zenon e Jorge Mendonça. Está na memória muito mais que Djalminha, o camisa 10 revelado pelo Flamengo e com passagem no Brinco de Ouro.

Ouso dizer: para torcedores abaixo dos 30 anos, Amoroso só é inferior ao recentemente falecido técnico Carlos Alberto Silva, campeão em 1978.

Uma idolatria que, à primeira vista, fica carente de explicação se levarmos em conta o currículo do atleta com a camisa alviverde: 44 jogos disputados, 28 gols e  quatro campeonatos disputados com a camisa bugrina: Campeonato Brasileiro de 1994, Campeonato Paulista de 1995, Campeonato Paulista de 1996 e um único jogo pelo Paulistão de 2009, o dérbi disputado no dia 08 de fevereiro e que terminou empatado por 2 a 2.

Amoroso tinha tudo para virar as costas e ser mais um. Nada disso. Sua postura e atitude após abandonar o futebol aumentou seu legado no Guarani e dificilmente vai arrefecer.

Nos últimos 10 anos o Guarani acumula seis participações na Série C do Brasileirão, três estadias na Série B e apenas uma participação na divisão de elite, em 2010. Além dos rebaixamentos, a equipe viveu uma turbulência política sem fim, noticias candidatas muito mais a frequentar as páginas de Cidades e de Polícia dos grandes jornais.

Tais sobressaltos não impediu Amoroso de aparecer em programas de televisão de repercussão nacional, em emissoras de rádio de Campinas e nas redes sociais para propagar o seu amor pelo Guarani. Nunca deixou de incentivar o torcedor e de acreditar em dias melhores.

Considero inconcebível que o atual grupo político presente no Brinco de Ouro não dê ao ex-atacante que ele merece. Careca, Zenon, Renato, Bozó são importantes e estão cravados na memória do olimpo. Nestes tempos de vacas magérrimas ninguém superou Amoroso. Vestiu a camisa e foi á batalha. Apesar de tudo encontrar-se em quadro contrário. Merece respeito. E parabéns e muitos anos de vida.

(análise feita por Elias Aredes Junior)