A Ponte Preta não pode (e nem deve!) desistir de Renato Cajá

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Ele já foi ídolo incontestável. Saiu e voltou, desligou-se e pedir para entrar na porta da frente e teve respaldo. Renato Cajá, queiram ou não seus detratores está na história da Ponte Preta. Pelo vice-campeonato paulista de 2008, pelos acessos obtidos em 2011 e 2014, pelos gols inesquecíveis. Honrou a camisa 10 em instantes emblemáticos.

Tenho criticas sim ao estilo. Por vezes é desligado, desconectado do jogo. De vez em quando, assim como o saudoso cantor Tim Maia, não aparecia para o show. Em Curitiba, apareceu. E fez a diferença. Fez o lançamento nas costas de Thiago Heleno para Lucca dominar e inaugurar o placar.

A Ponte Preta não pode desistir de Renato Cajá. Em hipótese nenhuma. Tem que buscar fórmulas para colocá-lo em forma e detectar se alguma barreira emocional ou particular trava o seu futebol.

A Macaca não pode dar-se ao luxo de relegá-lo ao banco de reservas.  O motivo é óbvio: em forma não tem para ninguém no elenco. Apesar dos seus problemas é o melhor tecnicamente ao lado de Emerson Sheik. Xuxa e Léo Artur desaparecem no horizonte diante do seu potencial e talento.

Renato Cajá não pode ser ignorado se ocorrer a necessidade um plano B. Hoje, Lucca e Emerson Sheik decidem os jogos. Fazem a diferença. E no dia que estiverem bem marcados? O que fazer se não estiverem com bom desempenho? Vai contar com quem? Naldo? Jadson? Maranhão. Nada disso. Renato Cajá é a solução.

Não desprezo os seus problemas vividos no Bahia. Atos de indisciplina direcionados ao técnico Guto Ferreira, presença constante no banco de reservas e queda no aspecto técnico. O fato é que o jogador está na Ponte Preta, investimento foi realizado e a função da diretoria e da comissão técnica é a de buscar formas do jogador reabilitar-se.

A Ponte Preta faz uma campanha mediana. Está na décima posição com 21 pontos. No ano passado tinha 24 pontos e encontrava-se na oitava posição. Na prática, de um ano para outro, a estagnação apareceu. O que a torcida queria era brigar pelo menos na sétima posição. Sem arrematar o perfil do o time fica difícil. E a arrumação e o salto de qualidade passa pela presença de Renato Cajá, com suas qualidades e defeitos.

(análise feita por Elias Aredes Junior)