A falta de estrutura começa a marcar gols contra no Brinco de Ouro. Até quando?

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O Guarani joga amanhã contra o Luverdense e precisa da reabilitação na Série B do Campeonato Brasileiro. Uma vitória proporciona o cumprimento da minimeta, dá fôlego para o confronto diante do Internacional e estancará qualquer vestígio de desconfiança. Para tudo isto virar realidade, um outro jogo começa a ser travado e por enquanto o alviverde é derrotado: a ausência de infraestrutura, algo já alertado por este Só Dérbi.

Este jornalista apurou que no confronto com o Londrina, apenas a entrada de Luis Fernando no lugar de Fumagalli não foi motivada por constatação ou ameaça de lesão muscular. Gabriel Leite saiu aos 07min do segundo tempo e Denner foi acionado porque o armador pertencente ao Palmeiras sentiu uma lesão no adutor e a lesão poderia agravar. Eliandro entrou no lugar do Caíque aos 29 minutos da etapa final porque o atacante titular sentiu câimbras e não suportava mais.

Tais  obstáculos poderiam ser amenizados caso alguns equipamentos estivessem a disposição da comissão técnica e que já estão presentes na maioria dos clubes brasileiros.

O primeiro equipamento seria uma aparelhagem chamada isocinética utilizada para verificar se a musculatura dos atletas encontra-se equilibrada após cirurgias complexas. Para evitar contratempos, o procedimento usual nas equipes brasileiras é utilizar rotineiramente para constatar algum desequilíbrio e automaticamente o risco de contusão.

Outro equipamento em falta e que já estava na programação da diretoria do futebol para aquisição tem a meta de colher o sangue do atleta e detectar dados que sinalizem a perda de algum jogador por desgaste ou lesão. Detalhe: o Guarani já teve só nesta década os presidentes Leonel Martins de Oliveira, Marcelo Mingone, Álvaro Negrão e Horley Senna. Nenhum deles planejou verbas ou parcerias para viabilizar estes e outros equipamentos essenciais para a comissão técnica e departamentos de fisiologia e fisioterapia.

Detalhe: o cenário descrito não exime o técnico Oswaldo Alvarez por equívocos cometidos nas últimas escalações. Uma equipe que não vence há cinco jogos tem sua parcela de culpa. Até porque dificuldades foram ultrapassadas e 28 pontos foram somados até agora.

O alerta é dado porque é loucura imaginar que eternamente técnicos vão driblar as dificuldades como faz o atual técnico bugrino. A “magia” de Vadão é limitada. Uma hora a queda de produção, as lesões, as suspensões e outros desfalques serão inevitáveis. Um clube com boa estrutura faz com que tudo seja ultrapassado com conforto ou na pior das hipóteses com instrumentos para suportar a maré brava.

Do jeito que está, querem que o Guarani pule de um avião sem acionar o paraquedas. E que chegue ao chão sem nenhum ferimento. Difícil.

(analise feita por Elias Aredes Junior)