Aos 35 anos, Jorge Henrique não tem o mesmo brilho dos tempos de Botafogo ou Corinthians. Após uma passagem discreta pelo Vasco, onde acumulou problemas extracampo e foi pouco aproveitado na equipe carioca, foi disputado por Guarani e Figueirense. Chegou a encaminhar o acerto com o time campineiro através do seu empresário, mas optou por aceitar a oferta da equipe catarinense por uma diferença salarial de R$ 30 mil. Mas, depois de 20 jogos e apenas dois gols, não é unanimidade na equipe.
Jorge Henrique vai reencontrar o Guarani neste sábado, em Florianópolis, exatos três meses após a derrota para o Bugre em Campinas por 2 a 0. Em entrevista após o jogo, o atacante afirmou que o Figueira “não poderia ter perdido para um time desses”, menosprezando a qualidade técnica do alviverde campineiro. A frase não repercutiu positivamente no Brinco de Ouro e será utilizada pela comissão técnica como forma de motivação, mas os jogadores não querem clima de guerra dentro de campo para não desconfigurar a característica do time de ser disciplinado.
A tabela da Série B após um turno não dá razão para Jorge Henrique. O Figueirense está na zona de rebaixamento e mesmo sendo um dos times que mais foi ativo na competição – inclusive contratou três jogadores que estavam na Série A nesta semana, soma 21 pontos e está a três do Luverdense, primeiro time fora do Z4. A equipe comandada por Milton Cruz venceu apenas um jogo nos últimos cinco e enfrenta um Guarani que ainda não desistiu do acesso. O Bugre aparece na sexta colocação com 31 pontos e se vencer pode ficar com a mesma pontuação do que o primeiro time no G4.
Para a partida deste sábado, o técnico Vadão ainda não contará com o reforço de Paulinho. O atacante, que pertence ao Flamengo, ainda aguarda alguns documentos para ser inscrito no BID da CBF e deve ficar à disposição apenas para o jogo contra o Vila Nova. O provável Bugre tem Vagner; Lenon, Páscoa, Willian Rocha e Gilton; Evandro e Betinho; Bruno Nazário, Juninho e Claudinho; Rentería.
(texto e reportagem: Júlio Nascimento)