Uma boa notícia: o Guarani quer voltar a ser Guarani

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O Guarani voltou a vencer na Série A-2 do Campeonato Paulista, está na zona de classificação e deu esperanças de dias melhores ao seu torcedor. Além dos gols de Douglas Packer e de João Vittor contra o Batatais, a melhor noticia concedida pelo gramado é que o Guarani mostra perspectiva que deseja voltar a ser Guarani, dentro de suas características históricas.

O Guarani volta a ser Guarani quando conta com um armador confiável e de boa produtividade. O vice-campeonato paulista de 2012 tem o DNA de Fumagalli. Nos áureos tempos da década de 1990, Amoroso envergava a camisa 10 e amedrontava os oponentes, papel exercido por Djalminha. Não, Douglas Packer não é nenhuma sumidade. Não é um jogador de excelência, a altura dos craques históricos do clube. Mas dá candência, toque de bola e bom aproveitamento na bola parada. Não é pouco.

O Guarani volta a ser Guarani quando valoriza as categorias de base. João Vittor, Lorran e Wesley não são coadjuvantes do time montado por Pintado e sim protagonistas em instantes chaves. No jogo contra o Batatais, Wesley foi primordial no trabalho transição de defesa para o ataque. Lorran mostrou utilidade como força ofensiva pelos lados ou como referência dentro da área. E João Vittor? É um meia armador pelos lados, capaz de marcar e chegar na área, como no lance do segundo gol.

O Guarani volta a ser Guarani quando sua torcida abraça a causa. No jogo contra o Batatais foram 3672 torcedores presentes. Na estreia em casa, diante do Taubaté, mais 3842 bugrinos estiveram presentes para dar uma força. Contra o Bragantino, o empate sem gols foi assistido por 4.231 pagantes. No ano passado, as arquibancadas fizeram sua parte, com média de público de 4339 pagantes por jogo.

(análise feita por Elias Aredes Junior- Foto de Rodrigo Villalba-Memory Press)