Em noite melancólica, Ponte Preta perde para o Atlético-GO e ameaça de rebaixamento vira preocupação

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Equivocos na escalação, produção escassa no setor ofensivo e nervosismo exacerbado foram os ingredientes presentes na derrota da Ponte Preta para o Atlético-GO por 3 a 1, em jogo realizado neste sábado, em jogo válido pelo Campeonato Brasileiro. Diante da terceira derrota seguida, ao se levar em conta todas as competições, a missão é reabilitar na decisão da Copa Sul-Americana, na quarta-feira, contra o Sport, no Majestoso. Pelo Brasileirão, o próximo desafio será no dia 24, contra a Chapecoense, fora.

Erro e acerto. Busca de um modelo. Gilson Kleina novamente testou. E dessa vez fez uma aposta arriscada. Tirou Fernando Bob, que vinha com futebol irregular, mas exibe bom passe e saída de jogo. Recuou Emerson Sheik para armar. O que se viu foi um filme de horrores.

Por que? Boa parte do enredo credita-se ao esquema armado pelo Atlético-GO, que foi a frente, adiantou sua marcação e tomou duas providências: a colocação de Bruno Pacheco nas costas de Nino Paraíba e Walter como um pendulo, distribuindo as jogadas e abrindo espaço as jogadas de Luiz Fernando.

As oportunidades surgiam e o gol só não surgia graças a agilidade do goleiro Aranha que aos 26min foi vital para pegar um bom chute do lateral direito Jonathan. Um minuto depois, Luiz Fernando recebeu passe de Paulinho, saiu na cara do gol e chutou para ótima defesa do arqueiro pontepretano.

E a Macaca? Dependia de lampejos, lances esporádicos para acender a esperança do torcedor, como aos 35min, em que Lucca chutou forte e levou perigo ao gol de Marcos.

O rendimento do Dragão era superior e o gol aconteceu. A avante première surgiu aos 41min,  em lance que Igor rolou de primeira para Luiz Fernando, que cruzou dentro da área da Ponte. Luan Peres furou e Nino Paraíba salvou. Na cobrança de escanteio, Luiz Fernando surgiu para balançar as redes. Efeito imediato: time saiu vaiado do gramado.

A aposta foi dobrado no segundo tempo com a retirada de Felipe Saraiva, a entrada de Renato Cajá e o posicionamento de Emerson Sheik como atacante.

O efeito foi instantâneo. A 01min, Cajá sofreu falta e na cobrança, o goleiro Marcos vacila, e no rebote William Alves dividiu com Léo Gamalho. O zagueiro do Dragão colocou contra, mas o gol foi registrado para Léo Gamalho.

Parecia prenúncio de uma nova fase. Nem tanto. Existia domínio, toque de bola, mas as chances criadas eram escassas. Tal atitude permitiu que o Atlético se recolocasse no gramado com sua estratégia de marcar, forçar o erro do oponente e sair no contra-ataque,.Mas a melhora era nítida da Ponte Preta tanto que aos 17min, o escanteio batido foi desviado por Naldo e o gol só não saiu devido ao vacilo de Léo Gamalho.

Duro era constatar as falhas defensivas e que geraram o segundo gol do Atlético-GO aos 22min. Bruno Pacheco levantou na área, Walter foi mais esperto que Danilo Barcelos e cabeceou para retomar a dianteira no placar.

A partir daí, o nervosismo apareceu, a criação ficou paupérrima e na base do desespero a Ponte Preta buscou o empate e aos 47min, a Macaca cobrou escanteio, Walter pegou o rebote, lançou para Ronaldo e do meio campo o volante chutou e viu a bola entrar para dar números finais. (crônica de Elias Aredes Junior)

 

FICHA DO JOGO

PONTE PRETA

Aranha; Nino Paraíba, Marllon, Luz Peres e Danilo Barcelos; Naldo, Elton (Maranhão), e Emerson Sheik;Felipe Saraiva(Renato Cajá), Léo Gamalho e Lucca. Técnico: Gilson Kleina

ATLÉTICO-GO

Marcos;  Jonathan, Gilvan (Eduardo Bauerman), William Alves e Bruno Pacheco; Igor, Ronaldo, Paulinho (Niltinho), Andrigo e Luiz Fernando (Jorginho); Walter.Técnico: João Paulo Sanches

 

Gols: Luiz Fernando aos 42min do primeiro tempo; Léo Gamalho a 01min e Walter aos 22min e Ronaldo aos 47min do segundo tempo.

Renda: R$ 43930

Público: 5264

Cartões Amarelos: Ronaldo, Elton, Naldo, Walter

Juiz: Bráulio da Silva Machado

Local: Estádio Moisés Lucarelli, em Campinas