João Brigatti foi chamado pela segunda vez no ano para tentar apagar o incendio na Ponte Preta e fazer uma transição no comando técnico com mais tranquilidade. O problema é que entre a saída de Gilson Kleina e a confirmação de um novo treinador, a Macaca terá na quarta-feira uma decisão na Copa Sul-Americana. A equipe recebe o Sport no Majestoso precisando de uma vitória mínima de 2 a 0 ou vencer por mais gols de diferença para avançar as quartas de final da competição.
Brigatti comandou a equipe durante o Campeonato Paulista após a saída de Felipe Moreira – confirmada depois da eliminação da Ponte Preta para o Cuiabá na Copa do Brasil. Nos dois primeiros jogos, a diretoria exaltou que o interino recuperou o espírito guerreiro do time nos jogos contra Ituano e Corinthians. Em Itu, vitória apertada por 1 a 0, e depois empate em 1 a 1 contra o Timão no Majestoso. Ele comandou a equipe em quatro jogos com uma vitória, dois empates e uma derrota para o Grêmio Novorizontino.
Na partida contra o Corinthians, Brigatti afirmou publicamente que não estava preparado para assumir a equipe como treinador efetivado, mas que se colocava à disposição da direção para trabalhar interinamente até a definição de um novo comandante. Pontepretano assumido, ele terá a missão de sacudir o elenco para o jogo contra o Sport. A falta de reação após a saída de Gilson Kleina deixou o departamento de futebol preocupado com o futuro da Ponte Preta na temporada.
Além do difícil confronto pela Copa Sul-Americana, a Ponte ligou o sinal de alerta no Campeonato Brasileiro. Com a derrota para o lanterna Atlético-GO, a equipe caiu para a 14ª colocação. Com 28 pontos, a diferença para o São Paulo, primeiro time no Z4, é de apenas um ponto. A próxima partida pela competição nacional será um confronto direto: Chapecoense. Resta saber se também será um reencontro com o ex-treinador Kleina.
(texto e reportagem: Júlio Nascimento)