Na volta de Eduardo Baptista, Ponte perde para a Chape e bate na porta da zona de rebaixamento

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A reestreia do técnico Eduardo Baptista no comando da Ponte Preta não foi como o esperado. Com muitas dificuldades e com as fragilidades do elenco ainda mais escancaradas, a Macaca perdeu para a Chapecoense por 1 a 0, na tarde deste domingo, na Arena Condá, permaneceu com 28 pontos e entrou na zona de rebaixamento por alguns minutos – Macaca aguarda o jogo do Bahia. O gol dos catarinenses foi marcado por Lucas Marques em falha do goleiro João Carlos.

Com o resultado, a Macaca terminou o jogo na 16ª colocação, mas ainda pode ser ultrapassada por Vitória e Bahia na rodada. O próximo adversário será o Flamengo, dia 2 de outubro, no Majestoso. Já a Chapecoense saltou para a 9ª colocação e agora tem 31 pontos.

PRIMEIRO TEMPO
Desde o começo, a Macaca não fazia uma boa jornada. Com diversas mudanças, a Ponte não conseguiu se encontrar em campo. A Chapecoense, apesar das limitações, conseguiu dominar o meio de campo e abriu as oportunidades.

Aos quatro minutos, Reinaldo quase aplicou a “lei do ex” e acertou o travessão em finalização de longa distância. O ex-lateral da Ponte era quem mais dava trabalho para o sistema defensivo de Eduardo Baptista. Aos nove minutos, o camisa 6 da Chape apareceu com perigo em contra-ataque e só não abriu o placar porque Luan Peres teve boa leitura da jogada.

A Ponte tentava optar pelo contra-ataque, mas sentia a ausência de um criador no meio-campo. A grande chance da Macaca foi na bola parada: primeiro aos 13 minutos com Léo Gamalho e depois aos 21 com Danilo Barcelos.

Após os dois sustos da Macaca, a Chape voltou a dominar o jogo, mas não criava muito. A alternativa encontrada pelo volante Lucas Marques foi arriscar de longe. E aos 42 minutos ele chutou da intermediária e João Carlos aceitou uma bola defensável: 1 a 0 para o time da casa. Pressionada com a ida da equipe para a zona de rebaixamento, a Macaca acusou o golpe.

SEGUNDO TEMPO
A primeira jogada da etapa final deixou o torcedor pontepretano esperançoso. Léo Gamalho tentou duas vezes contra a meta de Jandrei, mas foi bloqueado pela defesa catarinense. O centroavante da Macaca era o jogador que mais dava trabalho para a Chapecoense. Mas a empolgação foi interrompida pelo impeto da Chape nos minutos seguintes.

Aos 10 minutos do segundo tempo, João Carlos se redimiu da falha no gol e executou grande defesa na finalização de Wellington Paulista. O goleiro da Macaca foi exigido também no chute de Arthur após triangulação com Wellington Paulista e Reinaldo.

Precisando reverter a situação e com a zona de rebaixamento batendo na porta, Eduardo Baptista mexeu na configuração tática da equipe. Empurrou Danilo Barcelos e Jeferson para ajudar Léo Artur no meio-campo e Wendel atuou no corredor pelo lado esquerdo da defesa. Foi uma tentativa da comissão técnica de dar poder de criação ao time. Não funcionou.

A Ponte Preta partiu integralmente para o ataque nos últimos 10 minutos, mas enfrentou uma Chapecoense com entrega defensiva. A equipe catarinense queimou o tempo até o apito final.

(texto e reportagem: Júlio Nascimento)

FICHA TÉCNICA

CHAPECOENSE – Jandrei; Apodi, Douglas, Fabiano Bruno e Reinaldo; Moisés Ribeiro, Lucas Marques (Elicarlos), Lucas Mineiro, Arthur (Túlio de Melo) e Alan Ruschel (Cristian Penilla); Wellington Paulista. Técnico: Emerson Cris

PONTE PRETA – João Carlos; Nino Paraíba, Marllon, Luan Peres e Danilo Barcelos; Fernando Bob, Jadson (Léo Artur) e Wendel (Claudinho); Felipe Saraiva (Jeferson), Léo Gamalho e Lucca. Técnico: Eduardo Baptista

Gol: Lucas Marques aos 42 minutos do primeiro tempo;

Árbitro: Jean Pierre Goncalves Lima (RS)

Cartões amarelos: Lucas Marques, Reinaldo, Moisés Ribeiro e Lucas Mineiro (Chape); Luan Peres e Fernando Bob (Ponte)

Estádio: Arena Condá, em Chapecó

Público: 9.980

Renda: R$ 204.970,00