Ponte Preta poderá conseguir a salvação longe de Campinas. E a torcida poderá ser protagonista. De novo!

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O quadro é delicado. Dramático. A vitória sobre o Atlético-PR e o respiro na luta contra o rebaixamento não disfarça a campanha péssima da Ponte Preta no Campeonato Brasileiro. Eduardo Baptista deu um cavalo de pau em um transatlântico. Indiretamente não conta mais com Emerson Sheik. Colocou Fernando Bob no banco de reservas e aposta em um time mais aguerrido, marcador e disposto a aproveitar as escassas chances de gol criadas. Agora serão dois jogos na condição de visitante e um ingrediente não pode faltar: o torcedor.

Serão duas partidas no Rio de Janeiro. Nesta segunda-feira, a Macaca pisa no Maracanã para encarar o Fluminense e no dia 03 de dezembro vai encarar o Vasco da Gama em São Januário.

Guardadas as devidas proporções e acontecimentos, a torcida da Ponte Preta tem chance de ouro para reviver as caravanas históricas. A diretoria, por sua vez, deveria viabilizar todas as ações possíveis e inimagináveis para lotar o local destinado ao visitante no estádio mais famoso e lendário do mundo.

Não seria uma viagem supérflua. Existem motivos de sobra para acreditar que a permanência da Macaca pode passar por produtividade surpreendente como visitante. É o pior visitante? Impossível ignorar os números. Só que os cariocas também não podem vangloriar-se de transformarem o seu gramado em alçapão.

Pelo contrário. O tricolor carioca em 17 confrontos somou 24 pontos e tem aproveitamento de 47,1% enquanto que o Vasco da Gama, tem 28 pontos e rendimento de 51,9%. Só para ter uma ideia, a Macaca, integrante da zona do rebaixamento ostenta no Majestoso o percentual de 55,6%. Os times cariocas oferecem mais oportunidades aos visitantes do que a própria Alvinegra. Fica a pergunta: por que não aproveitar a brecha?

Não vou ignorar um fato inequívoco: se for acreditar pura e simplesmente no rendimento no gramado, o quadro é irreversível. Pense em outra direção. Imagine a torcida da Ponte Preta mobilizar-se em bom contingente para ir ao Maracanã e oferecer respaldo emocional para uma equipe em busca de um milagre. Isso não seria um combustível ainda maior para jogadores medianos como Jadson, Naldo, Jeferson e até Danilo Barcelos realizarem uma partida até além do esperado?

Reconheço ser até demais pedir outra vez a interferência da arquibancada para salvar a Ponte Preta do buraco infinito da Série B. Mas se falamos que a torcida tem o time, quem seria o personagem mais adequado para operar uma virada histórica? Confia muito mais no coração da arquibancada do que os gelados e frios integrantes dos gabinetes da diretoria executiva.

(análise feita por Elias Aredes Junior)