Análise: Fernando Diniz, conversar não faz mal a ninguém

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Quando Fernando Diniz foi contratado, o conceito de valorização da posse de bola ficou em evidência no Guarani. O torcedor já ficou de antena ligada em relação às futuras contratações. Sabe que dificilmente jogadores serão arregimentados sem um bom aproveitamento de passe e domínio das técnicas básicas.

Existe um problema prático: como fazer com que jogadores, à primeira vista limitados, em algum requisito possam ser aproveitados por Fernando Diniz?

Baraka é um jogador de força, de marcação inigualável, mas tem dificuldades no passe. Leandro Santos cumpre com eficiência a função de goleiro, mas derrapa quando o tema é sair com os pés. Lenon é atleta voltado à busca da linha de fundo e não tem a capacidade de rodar pelo campo, apresentar-se como alternativa. Não é um Tchê Tchê. Pior fica quando Salomão entra na pauta de conversas, graças às deficiências defensivas e ofensivas. A priori, a nova comissão técnica descarta tais jogadores e tudo fica resolvido. Certo? Errado!

A missão de Sérgio do Prado e de Luciano Dias é conversar e convencer Diniz sobre a necessidade de buscar a paciência como virtude. Apostar que, com trabalhos táticos, técnicos e muita conversa, será possível integrar os jogadores à sua metodologia de trabalho.

Ter a perspectiva de melhoria em médio e longo prazo não quer dizer que o Guarani rasgue dinheiro. Talvez, muitos jogadores sonhados por Fernando Diniz fiquem longe do Brinco de Ouro. Se quiser deixar o Alviverde com a sua cara, não há saída: será a hora de arregaçar as mangas e trabalhar.

(análise de Elias Aredes Junior)