Jeferson, uma esperança de renovação na Ponte Preta

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Ele começou devagarinho e aos poucos conquistou o coração do torcedor pontepretano. Falo do lateral-direito Jeferson e que nesta quarta-feira foi liberado para os treinamentos após curar-se de uma lesão de no tornozelo esquerdo. Uma boa noticia especialmente se levarmos em conta a desastrosa atuação de Ferrugem na posição na derrota para o XV de Piracicaba no último sábado.

A importante não fica apenas do retorno a ser consumado por Gallo. Jeferson, com estadia na Seleção Brasileira de base poderá abrir a porteira para a retomada de uma tradição esquecida na Ponte Preta, que é a montagem de um time titular a partir das categorias de base. Foi assim em 1970, 1977, 1979 e 1981.

Tenho  cá com meus botões a teoria de que existiu um malefício na equipe vice-campeã paulista de 2008. Como era basicamente um elenco de jogadores que começaram em outros centros, mesmo que inconscientemente a diretoria pontepretana nos anos seguintes passou a fazer contratações de jogadores emergentes e deixou os garotos em segundo plano. Achava que dava para ganhar toda hora na loteria.

Resultado: a Ponte Preta formava boas equipes, conseguia as vitórias, mas os atletas estavam distantes do espirito pontepretano, calcado na pegada, marcação e na disposição de luta. A arquibancada parecia distante, sem conexão. Quem está no clube desde cedo não sofre tal dissabor.

Jeferson como titular e com bom futebol poderá abrir a porta para o esquecimento de inseguranças improváveis, como a duvida sobre a utilização ou não do armador Ravanelli, outra cria da casa e com produtividade relevante. Após tantos testes e fracassos chegou a hora da Ponte Preta constatar o óbvio: revelar jogadores, além de ser um bom negócio sob ponto de vista do futebol profissional, dá esperança ao torcedor de que pode contar no gramado com um legitimo representante do clube e do seu futebol. Não é pouco.

(análise feita por Elias Aredes Junior)