Uma análise sobre o Guarani: jogador qualificado faz diferença. Mas elenco e esquema tático ajeitado também!

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Enrolar, dissertar, formular teses e teorias são insuficientes para esconder o óbvio: jogador de futebol é ativo fundamental na formulação de times vencedores. A vitória do Guarani por 2 a 0 sobre o Nacional se comprovou por um lado que, no aspecto tático, existem pontos a serem trabalhados. Também é verdadeiro que alguns jogadores proporcionaram um acréscimo de produção interessante e podem (podem!) fazer com que o Guarani brigue pelas primeiras posições.

A lentidão de Rondinelly não esconde a sua movimentação e flutuação pelo campo ofensivo. Com toques rápidos e envolventes, proporcionou opções de jogadas e uma visão de jogo cujo monopólio encontrava-se nos pés de Fumagalli. O segundo gol premiou a eficiência de seu trabalho, apesar das condições físicas inadequadas.

Ele tinha uma companhia fundamental na frente: Bruno Mendes. Ele não balançou as redes, mas soube abrir espaços, tabelar com os companheiros e não teve pudor em combater e guerrear com os zagueiros adversários. De tão solidário, esqueceu por vezes do principal, que é a de marcar gols.

Gols que devem e podem ficar nos pés de Bruno Nazário. Os seus seis meses derradeiros no Brinco de Ouro são preciosos. Rápido e habilidoso pela meia direita, sua capacidade de abrir oportunidades de avanço ao lateral-direito Lenon pode ser um trunfo para chegar às primeiras posições.

O trio descrito poderá receber a ajuda de Ricardinho, rápido e dinâmico, mas desencontrado em relação ao time de marcação adequado. Na defesa, Lucas Kal parece querer viabilizar uma parceria eficiente com William Rocha.

Então está tudo resolvido? O time está em ponto de bala? Nada disso!

Umberto Louzer precisa aprimorar a distância entre as linhas de marcação. Muitas vezes o Nacional teve facilidade para penetrar dentro da área e a casa só não caiu graças às intervenções de Bruno Brígido.

Baraka, por sua vez, precisa ficar atento à conjuntura para subir ao ataque. Em algumas oportunidades, o Guarani perdeu a bola e os beques ficaram expostos e no mano a mano com os adversários. Diante de um oponente de qualidade, tal armadilha pode ser fatal. O elenco também carece de novas opções, pois Gabrie Leite padece da irregularidade. Sem contar a lateral-esquerda, Salomão provoca calafrios e Marcílio ainda é uma incógnita.

O confronto com o Nacional deixou claro o recado: a equipe tem virtudes, mas existe muita coisa para ser feita.

(análise feita por Elias Aredes Junior)