A definição do Dérbi para a quarta rodada da Série B do Campeonato Brasileiro e as notícias recorrentes sobre a volta do principal clássico do futebol paulista aceleraram uma manobra que já vinha sendo colocada em prática pela diretoria do Guarani: agilizar o processo de terceirização. A ideia é usar o peso do confronto com a Ponte Preta para definir o rumo do futebol do clube.
Com um elenco pequeno e sonhando com uma boa campanha na Série A2, o clube almeja novos jogadores para os três setores: defesa, meio-campo e ataque. O baixo recurso financeiro aparece como empecilho para a montagem de uma equipe competitiva para disputar o Campeonato Brasileiro e encarar o principal rival após cinco anos.
Atualmente as negociações estão paradas. Várias empresas foram avaliadas, algumas já receberam até proposta oficial, mas não há acerto. O clube espera abrir caminho para parcerias que vão além de Magnum e ASA Alumínios e ganhar poder de mercado. A decisão, no entanto, ainda precisa passar pela Assembleia.
No planejamento inicial do presidente Palmeron, o projeto será encabeçado por um grupo de sete advogados e terá supervisão de membros do Conselho de Administração, Fiscal e Deliberativo. Não haverá hierarquias entre as empresas e um dirigente será responsável por organizar os interesses. Além da montagem de um elenco mais forte, a terceirização visa sanar dívidas ainda existentes no campo trabalhista.
Com o processo de terceirização avançando, não há garantias de manutenção do elenco que disputa a Série A2. Segundo apurou a reportagem do Só Dérbi, ainda há insegurança sobre o trabalho de Umberto Louzer pela falta de experiência e o emprego do técnico estará garantido apenas com o acesso na segunda divisão do Campeonato Paulista.
(texto e reportagem: Júlio Nascimento/foto: Gabriel Ferrari-GuaraniPress)