Análise: Horley Senna e sua obsessão em querer ficar bem na foto

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Sou do tipo que, mais do que palavras, observo ações. Valorizo mais um comportamento – uma atitude – do que frases de efeito. Mais do que dizer que é contra ou favor de algo, é preciso agir como.

Talvez por isso tenha me incomodado a contradição entre o discurso de Horley Senna, na última quarta-feira, e suas atitudes.

Em entrevista a imprensa, o presidente do Guarani assegura uma mudança de postura. Promete “delegar” funções. Descentralizar o gerenciamento do clube.

Garante que confia no profissionalismo da dupla Marcos Vinicius Beck Lima e Rodrigo Pastana, encarregada das contratações e formulações dos compromissos dos atletas que disputarão a Série C do Campeonato Brasileiro.

Mas, ao final, estava lá para tirar a foto apresentando o volante Zé Antonio, do Linense, como mais um reforço para o restante do ano. Não é a primeira vez.

Entendem?

Pode ser implicância minha, mas, embora seja eu defensora da frase de que “meu lugar é onde eu quiser”, não acho que lugar de presidente seja nas fotografias com atletas. Em especial o presidente do Guarani.

O Bugre não pode repetir os erros da campanha no Paulista da A2. Quando o investimento é limitado, reduzir os erros é o primeiro passo. E lugar de presidente é trabalhando para que o clube recupere seu prestígio. Um prestígio que não deve vir do discurso, mas de ações.

E embora o cartola tenha garantido que o a Magnum não é “dona do Guarani” – uma vez que a empresa tem quitado as dívidas trabalhistas e de outras esferas judiciais – as ações mostram que o torcedor só poderá despreocupar-se quando o discurso for concretizado.

Prometeram novo estádio? Novo CT? Competitividade em campo? Folha de pagamento em dia? Acessos? Estamos esperando.

Promete descentralizar o gerenciamento? Ter no comando do clube profissionais do esporte? Ok. Comece preocupando-se menos com fotos.

(análise feita por Adriana Giachini)